Mais uma para os fãs de Guitar Hero E Garbage. A versão 5 do jogo vai pras lojas com sons do Blur, Nirvana e Arctic Monkeys mais umas cositas que saíram nesse set list com 84 sons. Além de uma melhorada nos gráficos, táticas cretinas para travar o instrumento adversário e melhora na experiência do "ao vivo", a grande novidade é que Shirley Manson será mais uma das integrantes que poderemos escolher na hora de dar start no rock and roll.
Ela passou por toda aquela espécie de scanner do rosto e captura de movimentos e diz nesse vídeo da NME (regulada, só liberou uma foto) que curtiu muito a experiência. O resultado? Tão charmosa quanto no palco. DIVA! ;)
Já que não consegui participar dos fóruns e discussões nos primeiros dias do Anima Mundi 2009, aproveitei o fim-de-semana para dar uma passada no Memorial da América Latina, ver o que estava rolando e encontrei muita coisa legal. Oficinas espalhadas pelo espaço envolviam vários tipos de animação (desde desenho tradicional até animação em película), mas para participar tinha que chegar um pouco mais cedo, as filas brotavam do nada! E como sempre, nas salas foram apresentados os melhores curtas e longas do último ano.
No sábado, cheguei meio tarde e depois de meia hora tentando entender aquele guia caótico e confuso que eles inventaram, decidi com uns amigos de ver "Wood e Stock: Sexo, Orégano e Rock and Roll" que era uma sessão de graça oferecida pela Petrobras. O filme é antigo [de 2006], mas como ainda não tinha assistido e adoro o trabalho do Angeli resolvi ver. Além de ser divertídissimo e completamente transgressor, o longa reune os grandes personagens da história do cartunista em uma completa viagem e crises de identidade. Para quem ainda não viu, esse vídeo mostra alguns trailers da época do lançamento, muito bom.
Hoje não resisti e fui lá de novo, mas dessa vez para ver os premiados [nessa matéria do G1, tem todos os finalistas]. Depois dos agradecimentos dos organizadores e a premiação das categorias Celular, Web e Melhor Animação de Estudante, foram apresentados cerca de 8 trabalhos. Tirando um que não entendi muito bem e "Cidadão de Papelão" com trilha do Teatro Mágico que achei super fraco, o brasileiro "Divino, de repente" (Fabio Yamaji), "Lost and Found" (Philip Hunt), "Mon Chinois" (Cédric Villain) e "For Sock's Sake" (Carlos Vogele) foram os meus favoritos.
O que mais gostei foi o curta "Pimienta" de Juan Mariano e Diego Franco que mesmo sendo um desenho super bonitinho e simples tem aquele final sutil que você nem imagina com uma boa mensagem, dá para assistir ele e mais alguns finalistas aqui, se quiser ver o que rolou de mais legal dá uma olhada no blog do evento.
E aí, Estefani? Tudo bem? Como andam as coisas? Você sempre reclamou como o tempo demora para passar nas horas que você mais precisa que ele voe, mas duvido que chegar aos 32 fazia parte dos seus planos tão cedo, não é mesmo? Tô bem por aqui, começo de carreira não é fácil (ninguém disse que seria) mas 2009 tem se saído melhor do que imaginava, hoje o Malaguetas já faz 1 ano e aprendi muita coisa desde que escrevi meu primeiro confuso e apaixonado post.
Foi muito difícil começar a pensar em coisas para dizer. Falando a verdade, a curiosidade em saber como está sua vida é muito maior, mas prometo que tentarei controlá-la. No último ano, tive a oportunidade de escrever sobre o que gosto de várias maneiras diferentes e acabei redescobrindo o motivo pelo qual tinha começado o blog. Aprendi a entrevistar em conversas com gente que eu gosto (Moptop, Forgotten Boys, Dead Fish, Rock Rocket, Donna A, Mixtape, CJ Ramone e Cachorro Grande são alguns exemplos) e ganhei ótimos parceiros. Arrumei tempo para ir a shows bons e ruins, amaldiçoei e amei muitas coisas e me rendi a novas ideias. Entendi que não adianta postar notícias frenéticamente e que sou muito mais feliz falando o que quero enquanto todo mundo se descabela para apenas ser o primeiro. Tudo isso fez com que o universo em branco para preencher no começo, acabasse virando um espaço pequeno nessa coluna (espero que até 2019 já tenha surgido algo menos pentelho que o Word Press e eu consiga me mudar do blogspot e que também tenha perdido o medo de abrir o analytics).
Espero que você continue achando que a felicidade está nas pequenas coisas e lembrando que nos seus momentos mais felizes você não precisou de um real no bolso [valeu amigos que emprestaram]. Espero que a indústria do entretenimento seja menos criança birrenta que quer esconder o brinquedo (e que no fim fica sem ninguém para brincar) e já possamos usufruir da cultura como merecemos. Espero que a exigência do diploma realmente não vá fazer diferença e que ainda possa encontrar muita gente com quem aprender e brigar na profissão. Espero que você não tenha realizado todos os seus sonhos, ou pelo menos tenha novos para se segurar nas noites em que nada parece dar certo.
Espero, claro, que já tenha no mínimo visto o AC/DC e o Paul McCartney (NO MÍNIMO) e como em uma loja de discos usados, fuçado tudo que desperte sua ânsia por conhecer. Acho que até aí já deixei um pouquinho a teimosia e o orgulho de lado, talvez isso ajude em algumas situações. Também já espero ter aprendido a aproveitar esse jeito sempre apaixonado de produzir, no sentido mais amplo da palavra. Por último, espero que o jornalismo continue sendo a principal motivação para todas as outras coisas que você faz (mesmo que de forma ingênua ás vezes). E que você me encontre daqui esses poucos anos nessa página. Não se preocupe, eu não tenho nenhum pouco de pressa.
"Se você quer ter uma vida longa, junte-se aos Rolling Stones." by Keith Richards
Não, esse livro [que eu ganhei de aniversário do mais perfect-boyfriend-ever] não é sobre a banda, mas traz as melhores entrevistas feitas pela Rolling Stone gringa nos últimos 42 anos de revista. Já li Eric Clapton, Jim Morrison, Courtney Love, Kurt Cobain, Clint Eastwood, Keith Richards, Ozzy Osbourne, John Lennon, Patti Smith e mais alguns outros e achei fantástico o modo como cada jornalista consegue tirar as histórias mais absurdas dos caras com perguntas provocativas, diretas e que mostram justamente o que os fãs (como eu) querem saber.
Dentre as curiosidades e maluquices, o livro narra a primeira brisa de ácido do John Lennon no Yellow Submarine, a infância pobre e difícil do Ozzy enquanto Eric Clapton ganhava a primeira guitarra dos avós, e as dificuldades de criar um roteiro por nada mais, nada menos que Francis Ford Coppola. Além disso, ainda tiveram a coragem de perguntar pro Keith o que ele achava de ser o único homem que sobreviveria a radiação (junto com as baratas, claro) que acabaria com a terra, um trecho da resposta é esse que abre o post.
O livro é uma delícia de ler e uma aula de entrevista mesmo para quem consegue não ser fã desses músicos, diretores e atores entrevistados. As compilações foram feitas por Jann Wenner e Joe Levy, editores atuais da revista. Vale a leitura ;)
Chegamos ao local combinado com a assessoria da Deck uns dez minutos antes do horário marcado. Um jornalista (do Terra?) saia da sala onde se encontravam o vocalista Beto Bruno e o Guitarrista Marcelo Gross e se despedia dizendo "acho que ficou legal, o Beto é bom de aspas". Bem, nem preciso dizer que isso só reforçou a minha vontade de largar a cartilha jornalística na porta e lançar um foda-se para as aspas. Por isso e como sempre, você vai ler essa entrevista mais como uma conversa curiosa sobre música e "Cinema" o novo álbum da banda, do que um entrevista-resenha do álbum. Se quiser mais, dá uma circulada nos maiores portais de música por aí (YES, you can!) tem uma infinidade de coisas legais sobre o assunto.
O resultado foi esse: Beto e Marcelo falando o que os incomoda no modo como ouvimos/sentimos/curtimos música hoje, as mulheres que merecem uma "homenagem" no rock e a vontade da banda de lançar remix dos seus sons por conta do Peu, da Goma. Espero que goste =)
Sobre "Cinema"
"Cinema" é space rock, é sonoplástico, é Stones, é Beatles, é rock and roll cru, é viagem, é dançante, é Cachorro Grande. Além de transparente quanto ao repertório musical da banda, tem a fórmula animada que sempre está presente nos álbuns dos caras com um plus perceptível de liberdade para criar em cada instrumento. A palavra chave foi experimentação e o capricho para gravar, mixar e encaixar os acordes de cada música fez toda a diferença no resultado final do álbum que levou um tapa do já conhecido produtor Rafael Ramos. Se não ouviu ainda, já está disponível no MySpace oficial. O show de lançamento vai acontecer nos dias 7 e 8 de agosto no SESC Pompéia, encontre mais informações aqui.
ENTREVISTA
Estefani: Além da gravação analógica, de poder mostrar outros lados da banda o que vocês mais curtiram fazer nesse álbum?
Beto: A gente gostou de trabalhar as músicas sem pressa, uma por dia. Gravamos uma parte em Porto Alegre e depois mais três dias no Rio de Janeiro. Conseguimos dar um tratamento especial para cada música e isso foi o que a gente mais curtiu. Isso ressaltou e fez com que cada uma soasse de uma maneira diferente dos outros discos e remetendo a outras sonoridades. Tipo o álbum branco dos Beatles (pelo o amor de Deus, não vá entender mal), mas cada música é uma música. Aquele disco do Led Zeppelin “Houses Of The Holy” ou no “Jardim Elétrico” dos Mutantes, cada música é uma música. E eu curto muito isso. Não é dar tiro para todo lado, é gostar de muitas coisas. E o legal é que no fim tudo acabou soando Cachorro Grande.
Estefani: Quanto a essa temática cinematográfica, o lance do efeito das gaivotas, o barulho do disco arranhando entre outras coisas. Vocês já haviam planejado? Já tinham essas idéias, ou rolou a inspiração na hora?
Beto: Essa parte das gaivotas era para lembrar o "Amarcord" do Fellini. A gente já tinha pensado nisso nas primeiras demos, numa fita caseira. O resto da sonoplastia, um ventinho aqui, um barulhinho ali a gente foi fazendo e achou que tinha cara de cinema, o Marcelo queria que o álbum tivesse esse nome desde o começo e nos últimos dias de ensaio ele estava meio (fazendo sinal de bebida) no estúdio e disse “vai ser Cinema” e foi Cinema. Pronto. Todo mundo amou a ideia, daí pedimos pro Cisco Vasques fazer a imagem da capa e fechamos.
Estefani: Vocês lançaram o álbum primeiro no Myspace, qual a relação da banda com a pirataria?
Beto: A gente vem trabalhando com uma boa assessoria que atualiza nossos meios, estamos aprendendo a lidar com o twitter e deixamos o álbum disponível para download. O legal é que a galera conhece a música nova antes do show e antes do CD físico sair, isso nunca tinha acontecido antes. E muita coisa a gente tenta ver com o olhar do fã, acho que acima de tudo nós somos fãs de rock. Se tivesse isso nos anos 80 quando eu era uma criança, a oportunidade de acompanhar o dia-a-dia dos caras e todo esse universo por uma telinha, ia ser uma maravilha. Para conseguir um disco do The Who a gente tinha que se deslocar para a capital para comprar. Se alguém saia do país era “traz aquele do The Who que eu não tenho”. Hoje a minha filha vai numa página e baixa a discografia em cinco segundos.
Marcelo: É, se a gente gosta de encontrar coisas sobre nossos ídolos, também procuramos deixar material disponível para os nossos fãs.
Beto: A única coisa que eu encano é a seguinte: a qualidade com que ouvem o som. Nos preocupamos muito com a parte sonora no estúdio, ouve pelo menos em um fone bom. E outra coisa, ouvir enquanto faz outra coisa. A gente se preocupou em trazer uma caixa daqui de São Paulo para Porto Alegre que faz aquela diferença no som que você não vai perceber nas caixinhas do computador. A geração mais nova não tem mais o costume de parar e ouvir um som. Quando eu comprava um disco no centro, vinha para casa babando ele, curtindo a capa, chegava em casa, ouvia sentado. Ficava só ouvindo, chamava os amigos e fica só ouvindo o som. Hoje não tem isso, as pessoas fazem coletânea e não curtem isso. Quando um fã chega e fala “baixei o álbum e tô ouvindo no computador” é muito triste.
Peu: Acho que quem gosta de música acaba investindo para ter uma qualidade melhor no áudio.
Beto: Talvez a resposta certa é que cada vez menos as pessoas gostem de música.
Estefani: Vocês têm vontade de gravar no vinil? A gravadora de vocês comprou a fábrica agora, não é?!
Beto: O álbum vai sair em vinil, eles (a Deck Disk) compraram A fábrica. Agora vão lançar um tipo de selo e lançar algumas coisas, perto do natal vão rolar uns discos da deck e o nosso vai estar junto. É um sonho meu ter gravado analógico para sair em vinil, vai ser diferente. Tem banda gravando em ProTools [programa de edição] para lançar em vinil e é a mesma coisa de gravar do CD pro Vinil, além disso, também acaba virando um souvenir. Os discos novos vem em 180g, lacrados e com uma qualidade incrível. Essas bandas novas eu compro só em vinil, aproveito a internet assim. Vou lá e vejo: saiu o novo do Kasabian, curto, acho muito legal, vou no E-bay e peço o vinil. Um puta som. Não tem romantismo, a coleção que os Beatles lançaram em 2006/2007 é a melhor compilação dos Beatles que já existiu. As cápsulas de hoje são melhores, isso reflete muito no som, muita coisa hoje em dia melhorou. E lá fora eles nunca pararam de ser lançados.
Estefani: Qual a influência das mulheres no som de vocês? Qual a musa inspiradora da banda?
Beto: São várias. Patti Smith, mas mais a parte do "Radio Ethiopia" do que do "Horse". Os discos da Nico também, ela é minha maior ídola. Mariane Faithfull na década de 69. Quem não gosta da Chrissie Hynde do Pretenders? Naquela época era uma chapação. Quem nunca bateu punheta para ela? Se bem que essa parte não é tão musical. Já não bateria punheta para a Patti Smith, uma mulher que quer ficar parecida com o Keith Richards não dá. (risos)
Estefani: Você falou no blog da banda que é preciso ser verdadeiro e colocar a música no primeiro plano, o que você enxerga nos músicos de hoje?
Beto: Não generalizando, se você cavucar você vai encontrar umas bandas boas. Mas, acho que nessa fase atual, nunca teve tanta banda fake. Quatro caras bonitinhos que se juntam por causa das meninas. Não são quatro carinhas que ouviam música juntos na escola, sonhando que um dia iriam montar uma banda, que foram unidos pela música. Tem gente que a usa só como meio pra ficar famoso, só usa o rock como veículo, querem aparecer no jornal e ficar ricas. Se no meio do caminho ele achar que quer ser modelo, ele vira modelo, se acha que pode ser ator, vai ser ator. Nada ele vai fazer com amor. Por isso, cada vez mais tem bandas com carreiras meteóricas e isso não é bom. É importante saber usar a imagem, os Beatles e os Stones trabalharam isso bem. Quando chegou no New York Dolls já caiu um pouco. O Bowie [David Bowie] tem a fase meio batom, mas também é controlado. É legal um cara te olhar na rua e identificar: aquele ali tem uma banda. É ótimo que seja assim, mas o importante é não deixar o cabelo crescer antes de tocar guitarra.
Peu: Eu queria saber se vocês se interessam por música eletrônica, já ouviram, curtem?
Beto: Gosto muito. A primeira coisa que considero eletrônica é “Tomorrow Never Knows” [faixa do álbum Revolver dos Beatles] que é uma repetição em cima de um looping. O Pink Floyd no Dark Side [Of The Moon] gravado no Abbey Road também. Gosto do Can e do Kraftwerk que foram o início. Mas eu piro mesmo na parte do Bowie eletrônico em Berlim, que considero o auge da música eletrônica puxada pro rock. Muito bom gosto e também porque depois em 98 e 99 contribuiu para que o Prodigy e o Chemical Brothers estourassem, que eu acho genial. Tem coisa boa, mas como qualquer outro gênero tem coisa ruim. Não gosto de DJ’s que compõem musica pra tocar em boates específicas e sim compositores que usam os recursos da música eletrônica. E eu acho do caralho. No disco anterior a esse, tem uma bateria eletrônica a partir de uns samplers nossos. Já nesse, na música “A Voz do Brasil” a gente fez uns loopings eletrônicos, gravou, tirou os graves dela e montou um looping em cima daquilo, acaba sendo uma bateria eletrônica só que tocada, com o samplier por baixo e ele tocando normal por cima. Coisa que o Chemical Brothers faz também e eu sou apaixonado. O último do Prodigy é uma paulada ["Invaders Must Die"]. Gosto do que o Chemical Brothers faz com os singles do Oasis, do Supergrass e do Bowie porque os remixes são lado B. Eles pegam aquela coisa que o Kraftwerk criou nos estúdios de Berlim em 77.
Beto: O Marcelo também gosta. Ele não é uma múmia country. (risos)
Marcelo: Eu gosto também, principalmente de Prodigy e Chemical.
Peu: Daft Punk também?
Beto: Também, mas não comprei o disco e parei para ouvir.
Marcelo: Tem um disco maluco de música eletrônica de um cara que remixou o Álbum Branco com as músicas dos Beatles [The Gray Álbum do Danger Mouse] , é fantástico e compensa ser ouvido.
Peu: Tem várias bandas como U2 e Lenny Kravitz no exterior que estão criando costume de lançar as músicas em remix, vocês fariam algum? Podemos esperar remixes de vocês?
Beto: Claro que sim. Só que a gente não acha um cara para fazer.
Peu: Tem um cara que remixou o Arnaldo Antunes [Killer On The Dancefloor], a pedido do Arnaldo e ficou muito legal.
Beto: Acho que o Edu K também tem embasamento para fazer uma coisa legal, meio anos 80.
Peu: Tem várias músicas que dariam remixes ótimos, por causa das batidas.
Beto: “A Hora do Brasil” e a música que é single “Dance Agora” dariam ótimos remixes. A minha vontade era dar uma música para cada DJ e fazer um álbum de remix. Estilo Danger Mouse, uma coisa pronta pra tocar na balada.
Peu: Eu adoraria tocar uma música de vocês na balada.
Beto: Tá dada a dica.
Estefani: Como rolou o Oasis?
Beto: Se você me perguntar daqui alguns anos vou saber te responder, agora ainda estou meio desnorteado com o que aconteceu. Nosso empresário já sabia, escondeu da gente cinco dias.
Estefani: Eles ficaram pra ver o show?
Beto: Sim, e eu estava mais nervoso com eles ali do lado do que com as 10 mil pessoas a nossa frente, uma hora fui tomar uma água e o Sergio [empresário] estava lá e falou “tu viu quem tá ali?”. Eu nem olhei mas pedi pra ele falar e ele respondeu “Liam Galagher”. Meu ídolo cara, sou fã dele. Dele e de todos os caras bons da nossa geração o Oasis, o Supergrass.
Estefani: Qual o sonho de vocês depois disso?
Beto: Talvez eu corte meu pinto (hahahaha, brincadeira). Ver o Paul, né?!
Marcelo: Depois que já assisti um show do Paul e do Neil Young tenho que me cuidar. Dá pra morrer já.
Peu: Vocês já pensaram em tocar no Coachella, Glastonbury, esses grandes festivais?
Beto: Claro. Mas, a gente não tem tempo. Não somos nem tão grandes como os Titãs que podem viajar e tocar e nem o Garotas Suecas que fazem um show por mês o resto do tempo lá tentando.
É claro que não ficaria de fora dessa festança do dia mais musical do ano, né?! Eu sei, eu sei, já é dia 14, mas Dia do Rock é igual aniversário de brother, não dá para deixar passar em branco. E como eu sempre fico por último no rolê e todo mundo já falou os vídeos que você tem que ver, os filmes que você tem que pegar na locadora e até os remixes dos clássicos eu vou viajar em algumas mudanças significativas (para mim) nessas últimas décadas:
- A taxa de mortalidade dos músicos subiu de 27 para até o dia que o Keith Richards morrer.
- Antes eu ficava meia hora esperando a minha música favorita tocar na rádio para gravar um cassete playlist no radinho de pilha e ficava puta da vida quando o locutor atropelava "Wish You Were Here" com a vinheta da Mack Color ou entrava alguém no quarto e dava interferência na antena.
- Antes eu ficava duas horas esperando para copiar o CD de um amigo, juntava com o de uma amiga e mais uns conhecidos e fazia uma coletânea que girava a galera da escola.
- Hoje eu faço um download olhando para os lados com medo de levar um pedala e ser presa.
- As pessoas não me perguntam mais se eu uso preto porque sou "roqueira"ou se sou "roqueira" porque uso preto. Aliás, quem inventou esse termo horrível?
- Eu assistia Beavis and Butthead com a minha mãe, depois Vaca Láctea, depois South Park, Aeon Flux e agora o que tem? Liga dos VJ's? (ok, não tem nada a ver, mas é que eu adorava a Vaca Láctea).
- Meu baú está cheio de revistas, fanzines, flyers de bandas que nem existem mais, fitas, CD's, letras de músicas rascunhadas e desenhadas, fotos e um monte de histórias que envolvem a influência deste ritmo na minha vida.
- O Oasis veio tocar aqui e eu não gostei. O Radiohead deu a maior brisa da minha vida e o Kiss me divertiu horrores.
Esse é meu jeito de dizer que não tem como definir o que é mais ou menos rock and roll. Nem sei se é possível dizer quais são os clipes, músicas e bandas que fizeram o ritmo, acho que teria um AVC de tanto pensar em tanta coisa ao mesmo tempo. É claro, algumas bandas tiveram um maior apelo comercial que outras, fizeram mais transformações e ramificações nos sons e tiveram toda a sua importância para a cena. Mas, para mim rock não é mais só botar um som pra rolar e sim toda a vivência sensorial que gira em torno desse mundo. Música definitivamente é meu lifestyle.
Agora é só colocar o chapéu, os óculos escuros e andar de Harley pela Rota 66. ;) "For those about to rock, we salute you!" \m/
Em menos de um ano esse duo já foi eleito uma das 50 inovações-musicais-do-futuro pela queridinha hype NME (36º lugar), foi aclamado pela imprensa inglesa (o The Guardian diz que eles estão revolucionando o modo de produção musical e artística), lançaram um single que faz parte da trilha sonora da série Gossip Girl e ganharam a atenção de críticos e cabeças de gravadoras que os colocaram em uma turnê para a Diesel por seis meses na Europa. Muita purpurina, né?! Aí você para e reivindica: "pô, mas de gente de sorte o mundo tá cheio", acho que não nesse caso.
Apesar de se definirem como crunk/thrash/hiphop, eles têm uma pegada electro super dançante e bem feita, o primeiro EP "Switchable" tem jeito de que agita muitas pistas do underground nova-iorquino (cidade natal dos caras). O som é legal, mas não é A grande novidade, o que eles fazem o Ting Tings e o Gossip já fazem há algum tempo.
O que esse pessoal que lançou eles como um burburinho quer mostrar é que as novas bandas estão surgindo dentro de uma nova seleção natural crescente, que possui formações mais curtas e performáticas. Além disso, para compor, eles sobem parte da música para a web, vão mexendo no que querem e compartilham um com o outro até que o som esteja pronto. Ambas as ideias já foram usadas por vários musicos, mas ainda é uma quebra de padrões muito forte e um grande reflexo do que ainda está por vir.
O Hearts Revolution é composto por Lo (vocal e efeitos) e Ben (sintetizadores), nos shows Prince Terrence faz a bateria ao vivo. Mesmo com todos os patrocínios para a turnê, a primeira opção de divulgação não foi procurar gravadoras e até poderia ser papo de indie que ainda não conseguiu uma boa oportunidade ($$), se eles não tivessem encontrado um modo diferente de viver de música.
[Clique para ver maior]
Sabe aqueles tradicionais caminhões de sorvete americanos? Eles criaram um chamado "Hearts Challenger" turbinaram com doces japoneses, guloseimas, camisetas com temas pop art, brinquedinhos, material de divulgação e todo tipo de tranqueira baratinha que você compraria bêbado numa balada e vendem pra galera nos lugares que eles vão tocar ou mesmo nas noites livres, além de fazer umas projeçõezinhas e uma espécie de party móvel com alguns DJ's dentro do veículo. A ice-cream van tem um clube online e os artigos também podem ser comprados pela web. Como o próprio Guardian disse "eles redesenham as linhas entre arte e comércio de música" e eu completo dizendo que a indústria fonográfica realmente é uma merda, mas gente disposta a driblar suas burocracias com ideias criativas merecem mais que um lugar ao sol.
Quer saber mais?
- Eles estão trabalhando em mais sons para um futuro álbum, você pode acompanhar as notícias pelo twitter oficial deles.
- No myspace você encontra todos os sons para ouvir. (procure "Ultraviolence" e "Dance Til Dawn")
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