terça-feira, 18 de novembro de 2008

Fotos Gravação Porcos Cegos no Hangar 110

Skarrapatos
Slot
The Razorblades
Porcos Cegos

Fotos:
Kaio Ramone
Roseli Lima
Guto Villarinho


domingo, 16 de novembro de 2008

Resenha Porcos Cegos - Gravação do DVD no Hangar 110

Primeiro show. Primeira roda de bate cabeça, meu primeiro passo na chamada “vida bandida” foi em um show do Blind Pigs. E já faz sete anos! Pouco tempo para a longa estrada do rock and roll, mas muito intenso para quem tem só 21, não é mesmo? Parei para refletir um pouco sobre a cena e percebi que várias coisas mudaram, mas outras pararam no tempo. Isso provavelmente virará um post nos próximos dias.

Minhas últimas andanças no main stream me fizeram esquecer o quanto os shows punks são divertidos e que o underground não existe só nos subúrbios “glamourosos” de Londres ou Nova York. Os anos passaram e a cena independente de São Paulo permaneceu, com seu estilo e atitude autênticos.

E o Blind Pigs, que agora é Porcos Cegos, contribuiu com algumas boas mudanças. Com o argumento que o português é uma “língua foda” eles abdicaram das letras em inglês e criaram ainda mais proximidade com seu público, iniciando uma nova fase da carreira e escrevendo mais uma página na história do underground paulista. Ontem no Hangar 110, comemoraram 15 anos de carreira com a gravação de um DVD.

A festança foi aberta pelo pop punk do The Razorblades. Passa-mal (vocal e baixo), Cani (guitarra) e Fifo (bateria) que começaram até antes do horário previsto, agitaram o pessoal que estava chegando. No show curto tocaram sons como “Little Girl” e “Let Me Go” além do cover de “Sheena Is A Punk Rocker”. Apesar de ficar devendo “Blond Devil” a apresentação foi bem legal, um aperitivo para o que estava por vir.

O segundo show ficou por conta de Jhun (vocais), Nako (guitarra e backing vocals), Kadu (baixo e backing vocals) e Minoru (bateria e backing vocals). O Slot que já me tinha sido recomendado pelos backing vocals impecáveis (que fui obrigada a concordar) tocaram vários sons da sua primeira demo com direito a gaita e destaques para a música “Rocker”.

Assim como todas as bandas muito pontuais, a família Skarrapatos chegou de Guarulhos em um verdadeiro clima de festa. A banda super animada já começou a aquecer a galera que começava a encher o Hangar. Sons como “Não Paro De Beber”, “Pro Puteiro Eu Vou” e “O Futuro Trago Comigo” foram pontos altos do show. Os vocalistas Klebaum e Paulinho tiraram todo mundo do chão e depois do beijo de Paulinho na fã, eles convidam o público a subir no palco, que ficou tão cheio a ponto de ter mosh!

Depois de mais de meia hora de espera e com a casa entupida de gente, marchas e trombetas começam a surgir e finalmente o show é aberto com “Para Incomodar”. Os Porcos Cegos começam a gravação e o Hangar em ebulição vibrou com sons do novo álbum como “Heróis e Rebeldes”, “Conquistas” e “Geração Domesticada”. Depois de uma breve pausa da banda pedindo para o pessoal se organizar, o segundo bloco foi marcado pelas já clássicas “Conformismo e Resistência”, “O Idiota”, “Sete de Setembro”, “Verão de 68” e “Av. São João”. O show durou cerca de uma hora e entre câmeras do palco e da platéia foi fechado com agradecimentos e mostrando o novo símbolo da banda. Entre outras coisas a gravação comemorativa mostrará que se depender dos fãs, ainda muitos anos virão.

Matéria e fotos para:
Vale Punk

Para conhecer os sons das bandas:

The Razorblades
www.myspace.com/razorbladesband

Slot
http://www.slotband.com/

Skarrapatos

http://www.skarrapatos-ko.com.br/

Porcos Cegos
http://www.blindpigs.com.br/

Hangar 110
http://www.hangar110.com.br/

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Resenha The Breeders no Planeta Terra

Um universo paralelo, um pub escondido nos anos 90. O mais foda dos fodásticos do indie stage. Apesar de estar de pé por osmose e não sentir as pernas, fiquei firme até os 10 minutos finais na apresentação do The Breeders. As gêmeas Kim (vocal) e Kelley Deal (guitarra) seguidas por Cheryl Lyndsey (guitarra), Mando Lopez (baixo) e Jose Medeles (bateria) demonstraram anos de intimidade com o palco, principalmente na maneira como interagiram com o público. Aberto com “Tipp City”, além de relembrar grandes sucessos como “I Just Wanna Get Along” e “Bang On” as músicas foram tocadas em seqüência, com apenas algumas pausas para as risadas das irmãs e alguns goles de cerveja. O show ainda teve sons com “Huffer”, “Night Of Joy” e pontos altos vieram com “Divine Hammer”, “No Aloha” e “Drivin´ on 9”. Mas, a apresentação toda foi calorosa e divertida, a guitarrista Cheryl fez questão de mostrar a bunda e “Cannonball” tirou todo mundo do chão. Ainda sobrou espaço para Kelley tocar a única música que aprendeu no violino e as covers de "Shocker In Gloomtown” do Guided by Voices e "Happiness Is A Warm Gun" dos Beatles. O bis ficou por conta de "Regala Me Esta Noche" com o espanhol meio enrolado da vocalista. Mas, que não podiam ter fechado as apresentações do galpão de forma mais nostálgica.

Foto: Marcelo Pereira (Terra)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Planeta Terra 2008

Cheguei ao Festival meio atrasada, mais especificamente no finzinho do show dos mato-grossenses do Vanguart. Mas, ainda consegui ouvir as duas últimas músicas “Hey Ho Silver” e “Semáforo”. O show acabou e saí correndo para o indie stage para ver o multinstrumentista Curumin, que entre os vocais e a bateria tocou sons como “Compacto” e “Caixa Preta” que deixou a pista com clima de pancadão.

Já estava chegando o horário da Mallu Magalhães dar seqüência as atrações do main stage, então voltei pra lá e já estava rolando “Tchubaruba”. A banda que usava cartolas fez um bom show, mas muito tranqüilo para o que o público estava esperando. Sons como “Vanguart” e “Folsom Prision Blues” foram grandes destaques da apresentação. Voltei correndo para o indie para ver o Animal Collective e a apresentação foi uma loucura, diferente de tudo que eu já tinha assistido, um mistura de vários ritmos e ruídos diferentes, uma atmosfera lisérgica. Como o show acabou pertinho do The Jesus and Mary Chain começar, acabei perdendo Foals. Os escoceses fizeram uma apresentação com seus maiores clássicos, mas achei morna e sem surpresas.

Enquanto rolava Spoon no indie, eu pulava e cantava sucessos que embalaram minha adolescência com o Offspring, um dos primeiros grandes shows da noite. Com o quarteto bem mais velho para algumas de suas letras, o público (inclusive eu) mesmo sabendo do tempo de carreira da banda, esperava os garotos de dez anos atrás. Mas, foi um revival do álbum Americana, eles tocaram os maiores hits, “Have You Ever”, “Why Don't You Go Get A Job”, “Walla, Walla” e ainda “The Kids Aren’t Alright” e “Pretty fly (for a white guy)”, um show cheio de energia e rodas de bate cabeça.

Na segunda música do Bloc Party, o palco principal começou a esvaziar e nem o pedido de desculpas do vocalista Kele Okereke pelo acontecido no VMB fez o público voltar. Enquanto isso, o Breeders arrasou no indie, resenha que você confere no post acima, um caso a parte.

E o show mais aguardado da noite já começava a demorar para quem estava muitas horas em pé. Dei uma volta na Vila dos Galpões, visitei a feirinha do Mundo Mix, o setor de reciclagem e o DJ stage que estava meio vazio. Finalmente os Kaiser Chiefs sobem ao palco e abrem o show com “Everything Is Avarage Nowadays” e o tecladista Nick Baines que ficou internado em São Paulo, mesmo doente compareceu e fez a alegria dos fãs. Além de ser chamado de herói diversas vezes, com um português arranhado, pelo vocalista Ricky Wilson. Com exceção de suas piadinhas cansativas e o som que estava estranhamente baixo, ele literalmente se jogou no público e o show foi fantástico! Tocaram “Ruby”, “Angry Mob”, “Everyday I Love You Less And Less”, “Modern Way” e “I Predict A Riot”. A galera com vários papéizinhos pediram “Na Na Na Na Na” e o pedido foi atendido. Sem dúvida o melhor show do main stage.

E assim acabou o mais esperado festival do ano. Organizado, pontual e regado a cerveja gelada, bandas ótimas, pessoas diferentes...Uma overdose musical.

Foto: Reinaldo Marques (Terra)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mostra Curta Fantástico

De 11 a 16 de novembro está rolando a mostra "Curta Fantástico" em seis centros culturais da capital paulista. Com o objetivo de mapear a produção existente e incentivar os profissionais da área no Brasil e na América Latina, você terá a oportunidade de conhecer um pouco sobre um gênero cinematográfico não muito divulgado no país. A temática fantástica engloba curtas de terror, fantasia, ritos e lendas regionais e no terceiro ano consecutivo já exibiu mais de 150 filmes. Se quiser conhecer um pouco mais sobre o assunto ainda pode participar de alguns workshops gratuitos. Vale a pena conhecer!

Espaços:
Casa das Rosas
Cinefavela Heliópolis
Roberto Santos (Ipiranga)
Viriato Correa (V. Mariana)
Centro Cultural Banco do Brasil
Centro Cultural São Paulo

Para conhecer a programação:
http://cinefantastico.zip.net/

Para mais infos: www.cinefantastico.com.br

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Resenha The Donnas - Condessa Safira e Hellsakura no Inferno

Dia 2/11/08 no Inferno Club foi dia de “ode ao rock and roll”. Desde o set da DJ Lu Riot que rolou Motley Crüe, Twisted Sisters, Aerosmith e Guns ´n´ Roses, até as bandas que tocaram foram um verdadeiro tributo as raízes do gênero. Mas, não foi só isso. Em vez de headbangers suados, barbas e roupas rasgadas, as mulheres tomaram conta da noite. Abrindo alas para as californianas do The Donnas, Hellsakura e Condessa Safira fizeram as honras e representaram bem a cena feminina paulista.

Os primeiros a se apresentarem foram Júlia Jups (vocal), Breno Bolan (baixo), Bruna Mariani (guitarra) e Zé Menezes (bateria). Enquanto ajeitavam os últimos detalhes no palco, o Condessa Safira já aquecia a galera cantando alguns trechos de “Don´t wait up for me”. Entre os sons mais conhecidos da banda a afinadíssima Júlia cantou “O inferno de nós dois”, “Ao mesmo lugar”, “Nunca é tarde demais” e “Um pouco de alguém” que fez todo mundo pular. O ponto alto do show foi a versão bem mais pancada do clássico do hard rock “I remember you” do Skid Row.

A ansiedade de todos crescia, mas a primeira troca de palco foi rápida e o Hellsakura entrou menos de vinte minutos depois. Além da música lema da banda “You punk you rock” o baixista Napalm, o baterista Bart e a voz rasgada com riffs pesados de guitarra de Cherry tocaram sons como “Janela Suja”, “Mel para os ouvidos” e “Meu nick não para”. Cherry ainda agradeceu a presença de todos dizendo “ainda bem que vocês estão aqui e não zumbizando na net” e completa falando que isso é necessário para o fortalecimento da cena. Depois de fazer a alegria de todos os presentes tocando “Whole lotta Rosie” do AC/DC, ela troca sua guitarra para fazer uma homenagem ao irmão que morreu de overdose e finaliza o show tocando o instrumento dele.

Depois de quase meia-hora de espera e gracinhas do roadie enquanto organizava os equipamentos, finalmente a “american rock and roll machine” sobe ao palco. Começando pela baixista Maya Ford (Donna F), a guitarra Allisson Robertson (Donna R) e a baterista Torry Castellano (Donna C) surgem os primeiros acordes de “Bitchin”, música de introdução do álbum mais recente da banda que também é o nome da turnê. Quando finalmente a simpática vocalista Brett Anderson (Donna A) entra e apresenta a banda, elas partem para o segundo som da noite “Don´t wait up for me”. Daí para frente foi só festa, tocaram “Who invited you” do Spend the Night, “Wasted” e “What do I have to do” que a platéia toda cantou o refrão. Além de “Fall behind me”, “Smoke you out” e “I Didn't Like You Anyway” do Get Skintight. Com pausa para a piadinha da baixista Maya sobre Michael Jackson, a segunda metade do show foi embalada por sons como “Better off dancing” e a já clássica “Takes one to knowone”. Para os garotos presentes dedicaram “Like an animal” e “5´o clock in the morning” foi tocada com um solo de Allisson digno de seu título de melhor guitarrista dos últimos tempos. Especialmente para os fãs brasileiros tocaram “Cheeba” que de acordo com Brett é tocada somente nos shows brasileiros. E depois de pular “Strutter”, a lendária cover do Kiss, finalizam com “Take it off” cantada em uníssono e deixando um gostinho de quero mais.

Depois da noite extasiante, procurei o pessoal da Ataque Frontal para marcar uma entrevista com as garotas. E no dia 5, terça-feira encontrei a banda no estúdio Nimbus, onde Maya fazia uma tattoo e conversei brevemente com a vocalista Brett.

Quando perguntei o que tinha achado da turnê do ano passado e por que tinham voltado, Brett disse que elas adoraram o Brasil e ainda mais o fato de que aqui as pessoas realmente gostam de rock, independente se a banda está na rádio ou não. Perguntei ainda se elas tiveram tempo para conhecer as baladas de São Paulo e o que mais curtiram na cidade. Ela diz que não saíram muito do hotel por falta de tempo, mas que gostaram muito dos shows no Inferno Club e da tarde de autógrafos na loja Sick in Silly com os fãs, onde inclusive uma fã elogiou sua voz e ela respondeu “My voice is your voice, so we can rock both worlds”. Falando sobre as bandas de abertura (Hellsakura e Condessa Safira), ela diz que as bandas são muito legais e que tiveram a oportunidade de beber juntas e foi muito divertido. Questionei também a falta de “Strutter” que estava no setlist e ela diz que apesar do Kiss ser uma das grandes influências da banda elas queriam fazer algo especial, por isso tocaram “Cheeba”. Os planos para 2009? Brett diz que elas continuarão compondo e pretendem voltar ao Brasil e também lançar um DVD com os shows de da turnê de Bitchin (inclusive os nossos). Atenciosa, finaliza agradecendo aos fãs brasileiros com um "You rock”.
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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Cafeína Coquetel - Mais uma vez no Cervejazul


Os fãs pediram e não resistimos (risos). E lá vamos nós de novo para um dos bairros mais italianos da cidade. Cordas já arrebentaram, meus dedos já travaram...Se o que eu previa já aconteceu, o que vem agora é surpresa (e esperamos que boa). Compartilhe conosco alguns goles de cerveja e desfrute dos sons das bandas independentes em um clima descontraído e muito familiar. Leve amiga, amigo (bonito de preferência, hehe), parentes, namorado, amante, peguete ou o que for, só não deixe de ir ;) .

Onde?
No Cervejazul

Quando?
Dia 15-11

Quanto?
R$10

Por que?
Ainda precisa dizer?

Entrevista - Resenha e Fotos The Donnas em Sampa!



O post de novembro já começa no embalo das atrações do mês. Para começar, entrevista com Brett Anderson, a Donna A e cobertura completa do show para o Mundo Rock de Calcinha. Ainda tem o Planeta Terra, The Adicts, R.E.M e Judas Priest em passagem pela terra da garoa. Álbum novo do Smashing Pumpkins e o Rage Against The Machine entrando na estrada.

Vambora que novembro promeeete!

Material The Donnas já já em:
www.mundorockdecalcinha.com.br