domingo, 26 de outubro de 2008

Matéria Strike na Tribe House

Fui a Tribe House já imaginando que encontraria franjas escorridas de lado, olhos borrados e cara de choro por tudo quanto é lado. Em parte aconteceu, mas não tanto quanto eu imaginava. Os mineiros do Strike encerraram o festival que teve apresentação de várias bandas com muita animação. Sem set list pré definido, foram escolhendo as músicas aleatóriamente e demonstraram tanta intimidade com o público que parecia mais uma festa de colegial.

Além das várias faixas do primeiro e único álbum, Desvio de Conduta, o vocalista Marcelo Mancini, os guitarras André Maini e Rodrigo Maciel o baixista Fabio Perez e o batera Cadu Costa e Silva fizeram covers de "Mulher de fases" dos Raimundos, "All the small things" do Blink 182° e encerraram com "Twist and shout" dos Beatles. Entre uma afinação e outra, faziam algumas piadas, dancinhas e tocavam trechos de "Proibida para mim" do Charlie Brown Jr. Os fãs cantavam todas as letras e alguns até arriscavam subir no palco para dividir os microfones com Marcelo, já aproveitando a oportunidade para divulgar os trabalhos próprios. Dentre os sucessos estavam "Paraíso Proibido", "O Jogo Virou", "Sem moderação" e "Aquela história", todos tocados em um clima muito descontraído e divertido. Destaque ainda para o baterista Cadu, que além dos trejeitos do Travis Barker, segue o mesmo caminho no instrumento, tanto na técnica quanto na pegada ao vivo.

A banda recebeu o público de palco aberto e nunca vi fãs tão mimados. Era copo de água na boca das meninas, pedidos por mensagens de celular, faixas, cartazes...Falar que fã é a coisa mais importante eu já ouvi muito, mas vi poucos demonstrarem (e terem paciência). Agora entendo o prêmio de "Banda/Artista Revelação" no VMB.

Para adiantar a comemoração do aniversário do guitarrista Rodrigo, no dia 03 de novembro, os paulistas anteciparam o parabéns. Na platéia, os caras do Granada curtiam o som da banda e ainda foram citados pelo vocalista, que diz ser a banda que ouve e indica no momento.

No pós- show enfrentei a fila das tietes fiéis e a loucura que elas fazem por onde passam, para conversar com Marcelo. Perguntei a que se devia o tamanho carinho e proximidade dos fãs e ele me diz que a internet ajuda a aproximar, mas que o contato não deve se limitar ao virtual e isso acaba estimulando a fidelidade do público e ainda finaliza com "Nossos fãs são nosso patrimônio". Comentei sobre as bandas novas sonharem com o utópico "viver da música" e questionei-o a respeito dos sonhos atuais do Strike. Ele me afirmou que agora que conquistaram os holofotes, não basta lançar um ou dois álbuns, a prioridade é mantê-los. E os novos projetos? Um novo CD para o segundo semestre 2009, já que estão trocando de gravadora e de empresário para seguir a carreira com independência. O início de uma nova fase para a banda.

Para ouvir Strike:

http://www.myspace.com/bandastrike
http://www.bandastrike.com.br

Fotos:
By me =)