segunda-feira, 28 de julho de 2008

Donkey - CD novo do CSS


A mistura do electro-reggae-rock com pegadas de synth-pop unido a letras descontraídas e a voz doce de Luiza Lovefoxxx, transformou o Cansei de ser sexy na maior revelação musical brasileira no cenário internacional. Desde o surgimento em 2003, suas músicas já viraram trilha sonora de jogos, propaganda do Iphone e seriado da Paris Hilton.

Depois dos sucessos “Alala” e “Off the hook”, do primeiro álbum de estúdio, o CSS lança “Donkey”. Com o nome fazendo referência ao ex-empresário, a banda transparece uma fase mais criativa e madura. Produzido por Adriano Cintra e mixado por Spike Stent que já trabalhou com grandes nomes como Gwen Stefani, Madonna, Björk e Kaiser Chiefs, as faixas dançantes com melodias simples e atraentes são o forte do novo CD, lançado pela Sub Pop.

O CSS está em turnê internacional. Enquanto esperamos um show por aqui, podemos nos deleitar com a música de trabalho “Left Behind”, as minhas preferidas são “Move” (que confesso não conseguir tirar do repeat) , “How i became paranoid” e “I Fly”, sons com linhas de baixo bem acentuadas e que a cada batida eletrônica tem os acordes mais valorizados.

Para ouvir o CD passa no myspace da banda: http://www.myspace.com/canseidesersexy, se quiser baixar procure o blog do Glauber: http://magrelus.blogspot.com/

Referência:
http://www.csshurts.com/

terça-feira, 22 de julho de 2008

Sentinela da Liberdade

Das guaritas de Pernambuco, Cipriano Barata escreveu a primeira de uma série de sentinelas que reivindicaram a liberdade de imprensa, em um Brasil que ainda começava a seguir o tortuoso e atrapalhado caminho da independência. Preso diversas vezes por ir contra os interesses da corte portuguesa e sua constituição que favorecia a poucos, Cipriano fez da pena sua arma e manteve aceso o ideal da revolução, mostrando que a fome da sociedade não se limita a pão e circo. Assim como muitos que participaram de movimentos e manifestações sociais, contraculturais e tantos fatos históricos que vieram adiante. Eram comunicadores sem meio, mas com espírito.

O fato que me fez ressuscitar esse escritor é bem atual. Apesar de, não passarmos pelos mesmos problemas de comunicação que a imprensa da independência, ou mesmo das transmissões nas guerras, sofremos um grande mal do nosso tempo. Temos os meios, mas nos falta espírito. A era digital nos permite interação sem fronteiras, possuímos arsenal para levar informação por todo o globo e mesmo que não tenhamos a ditadura, o holocausto, ou o apartheid, temos muita coisa pra falar.

As diferentes cenas culturais, musicais, tribais que refletem nossa atualidade são os meios de expressão mais fortes da nossa geração, assim como a diversidade e as inovações tecnológicas que facilitam esse momento. Nós vivemos em meio a um caos de informação, mas temos a vantagem de sermos livres para escolher o que queremos ser, ler, ver, ouvir e criar. O problema é que esse sistema nos tornou tão individualistas a ponto de ficarmos presos no imediatismo cotidiano que rodeia nossas máquinas e não nos reconhecermos como sujeitos históricos, tudo e todos parecem muito distantes e a vida se tornou um jogo second life. A coletividade era a principal característica do antigo espírito revolucionário, de Cipriano e de tantos outros que se manifestaram diante das mazelas do mundo, pois, se reconheciam no outro, sentiam e se indignavam com sua dor, compartilhavam de seus ideais.

O intuito dessa página não é mudar o mundo e sim que nos reconheçamos, compartilhemos, discordemos e revivamos esse espírito nas mais diversas manifestações culturais. Aqui postarei informações sobre música, cinema, livros, filmes e materiais que fazem parte do nosso dia-a-dia, que mostrem a nossa realidade e tudo mais que valha a pena, por que não existe cultura inútil. Inútil é não ter cultura.