terça-feira, 18 de novembro de 2008

Fotos Gravação Porcos Cegos no Hangar 110

Skarrapatos
Slot
The Razorblades
Porcos Cegos

Fotos:
Kaio Ramone
Roseli Lima
Guto Villarinho


domingo, 16 de novembro de 2008

Resenha Porcos Cegos - Gravação do DVD no Hangar 110

Primeiro show. Primeira roda de bate cabeça, meu primeiro passo na chamada “vida bandida” foi em um show do Blind Pigs. E já faz sete anos! Pouco tempo para a longa estrada do rock and roll, mas muito intenso para quem tem só 21, não é mesmo? Parei para refletir um pouco sobre a cena e percebi que várias coisas mudaram, mas outras pararam no tempo. Isso provavelmente virará um post nos próximos dias.

Minhas últimas andanças no main stream me fizeram esquecer o quanto os shows punks são divertidos e que o underground não existe só nos subúrbios “glamourosos” de Londres ou Nova York. Os anos passaram e a cena independente de São Paulo permaneceu, com seu estilo e atitude autênticos.

E o Blind Pigs, que agora é Porcos Cegos, contribuiu com algumas boas mudanças. Com o argumento que o português é uma “língua foda” eles abdicaram das letras em inglês e criaram ainda mais proximidade com seu público, iniciando uma nova fase da carreira e escrevendo mais uma página na história do underground paulista. Ontem no Hangar 110, comemoraram 15 anos de carreira com a gravação de um DVD.

A festança foi aberta pelo pop punk do The Razorblades. Passa-mal (vocal e baixo), Cani (guitarra) e Fifo (bateria) que começaram até antes do horário previsto, agitaram o pessoal que estava chegando. No show curto tocaram sons como “Little Girl” e “Let Me Go” além do cover de “Sheena Is A Punk Rocker”. Apesar de ficar devendo “Blond Devil” a apresentação foi bem legal, um aperitivo para o que estava por vir.

O segundo show ficou por conta de Jhun (vocais), Nako (guitarra e backing vocals), Kadu (baixo e backing vocals) e Minoru (bateria e backing vocals). O Slot que já me tinha sido recomendado pelos backing vocals impecáveis (que fui obrigada a concordar) tocaram vários sons da sua primeira demo com direito a gaita e destaques para a música “Rocker”.

Assim como todas as bandas muito pontuais, a família Skarrapatos chegou de Guarulhos em um verdadeiro clima de festa. A banda super animada já começou a aquecer a galera que começava a encher o Hangar. Sons como “Não Paro De Beber”, “Pro Puteiro Eu Vou” e “O Futuro Trago Comigo” foram pontos altos do show. Os vocalistas Klebaum e Paulinho tiraram todo mundo do chão e depois do beijo de Paulinho na fã, eles convidam o público a subir no palco, que ficou tão cheio a ponto de ter mosh!

Depois de mais de meia hora de espera e com a casa entupida de gente, marchas e trombetas começam a surgir e finalmente o show é aberto com “Para Incomodar”. Os Porcos Cegos começam a gravação e o Hangar em ebulição vibrou com sons do novo álbum como “Heróis e Rebeldes”, “Conquistas” e “Geração Domesticada”. Depois de uma breve pausa da banda pedindo para o pessoal se organizar, o segundo bloco foi marcado pelas já clássicas “Conformismo e Resistência”, “O Idiota”, “Sete de Setembro”, “Verão de 68” e “Av. São João”. O show durou cerca de uma hora e entre câmeras do palco e da platéia foi fechado com agradecimentos e mostrando o novo símbolo da banda. Entre outras coisas a gravação comemorativa mostrará que se depender dos fãs, ainda muitos anos virão.

Matéria e fotos para:
Vale Punk

Para conhecer os sons das bandas:

The Razorblades
www.myspace.com/razorbladesband

Slot
http://www.slotband.com/

Skarrapatos

http://www.skarrapatos-ko.com.br/

Porcos Cegos
http://www.blindpigs.com.br/

Hangar 110
http://www.hangar110.com.br/

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Resenha The Breeders no Planeta Terra

Um universo paralelo, um pub escondido nos anos 90. O mais foda dos fodásticos do indie stage. Apesar de estar de pé por osmose e não sentir as pernas, fiquei firme até os 10 minutos finais na apresentação do The Breeders. As gêmeas Kim (vocal) e Kelley Deal (guitarra) seguidas por Cheryl Lyndsey (guitarra), Mando Lopez (baixo) e Jose Medeles (bateria) demonstraram anos de intimidade com o palco, principalmente na maneira como interagiram com o público. Aberto com “Tipp City”, além de relembrar grandes sucessos como “I Just Wanna Get Along” e “Bang On” as músicas foram tocadas em seqüência, com apenas algumas pausas para as risadas das irmãs e alguns goles de cerveja. O show ainda teve sons com “Huffer”, “Night Of Joy” e pontos altos vieram com “Divine Hammer”, “No Aloha” e “Drivin´ on 9”. Mas, a apresentação toda foi calorosa e divertida, a guitarrista Cheryl fez questão de mostrar a bunda e “Cannonball” tirou todo mundo do chão. Ainda sobrou espaço para Kelley tocar a única música que aprendeu no violino e as covers de "Shocker In Gloomtown” do Guided by Voices e "Happiness Is A Warm Gun" dos Beatles. O bis ficou por conta de "Regala Me Esta Noche" com o espanhol meio enrolado da vocalista. Mas, que não podiam ter fechado as apresentações do galpão de forma mais nostálgica.

Foto: Marcelo Pereira (Terra)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Planeta Terra 2008

Cheguei ao Festival meio atrasada, mais especificamente no finzinho do show dos mato-grossenses do Vanguart. Mas, ainda consegui ouvir as duas últimas músicas “Hey Ho Silver” e “Semáforo”. O show acabou e saí correndo para o indie stage para ver o multinstrumentista Curumin, que entre os vocais e a bateria tocou sons como “Compacto” e “Caixa Preta” que deixou a pista com clima de pancadão.

Já estava chegando o horário da Mallu Magalhães dar seqüência as atrações do main stage, então voltei pra lá e já estava rolando “Tchubaruba”. A banda que usava cartolas fez um bom show, mas muito tranqüilo para o que o público estava esperando. Sons como “Vanguart” e “Folsom Prision Blues” foram grandes destaques da apresentação. Voltei correndo para o indie para ver o Animal Collective e a apresentação foi uma loucura, diferente de tudo que eu já tinha assistido, um mistura de vários ritmos e ruídos diferentes, uma atmosfera lisérgica. Como o show acabou pertinho do The Jesus and Mary Chain começar, acabei perdendo Foals. Os escoceses fizeram uma apresentação com seus maiores clássicos, mas achei morna e sem surpresas.

Enquanto rolava Spoon no indie, eu pulava e cantava sucessos que embalaram minha adolescência com o Offspring, um dos primeiros grandes shows da noite. Com o quarteto bem mais velho para algumas de suas letras, o público (inclusive eu) mesmo sabendo do tempo de carreira da banda, esperava os garotos de dez anos atrás. Mas, foi um revival do álbum Americana, eles tocaram os maiores hits, “Have You Ever”, “Why Don't You Go Get A Job”, “Walla, Walla” e ainda “The Kids Aren’t Alright” e “Pretty fly (for a white guy)”, um show cheio de energia e rodas de bate cabeça.

Na segunda música do Bloc Party, o palco principal começou a esvaziar e nem o pedido de desculpas do vocalista Kele Okereke pelo acontecido no VMB fez o público voltar. Enquanto isso, o Breeders arrasou no indie, resenha que você confere no post acima, um caso a parte.

E o show mais aguardado da noite já começava a demorar para quem estava muitas horas em pé. Dei uma volta na Vila dos Galpões, visitei a feirinha do Mundo Mix, o setor de reciclagem e o DJ stage que estava meio vazio. Finalmente os Kaiser Chiefs sobem ao palco e abrem o show com “Everything Is Avarage Nowadays” e o tecladista Nick Baines que ficou internado em São Paulo, mesmo doente compareceu e fez a alegria dos fãs. Além de ser chamado de herói diversas vezes, com um português arranhado, pelo vocalista Ricky Wilson. Com exceção de suas piadinhas cansativas e o som que estava estranhamente baixo, ele literalmente se jogou no público e o show foi fantástico! Tocaram “Ruby”, “Angry Mob”, “Everyday I Love You Less And Less”, “Modern Way” e “I Predict A Riot”. A galera com vários papéizinhos pediram “Na Na Na Na Na” e o pedido foi atendido. Sem dúvida o melhor show do main stage.

E assim acabou o mais esperado festival do ano. Organizado, pontual e regado a cerveja gelada, bandas ótimas, pessoas diferentes...Uma overdose musical.

Foto: Reinaldo Marques (Terra)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mostra Curta Fantástico

De 11 a 16 de novembro está rolando a mostra "Curta Fantástico" em seis centros culturais da capital paulista. Com o objetivo de mapear a produção existente e incentivar os profissionais da área no Brasil e na América Latina, você terá a oportunidade de conhecer um pouco sobre um gênero cinematográfico não muito divulgado no país. A temática fantástica engloba curtas de terror, fantasia, ritos e lendas regionais e no terceiro ano consecutivo já exibiu mais de 150 filmes. Se quiser conhecer um pouco mais sobre o assunto ainda pode participar de alguns workshops gratuitos. Vale a pena conhecer!

Espaços:
Casa das Rosas
Cinefavela Heliópolis
Roberto Santos (Ipiranga)
Viriato Correa (V. Mariana)
Centro Cultural Banco do Brasil
Centro Cultural São Paulo

Para conhecer a programação:
http://cinefantastico.zip.net/

Para mais infos: www.cinefantastico.com.br

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Resenha The Donnas - Condessa Safira e Hellsakura no Inferno

Dia 2/11/08 no Inferno Club foi dia de “ode ao rock and roll”. Desde o set da DJ Lu Riot que rolou Motley Crüe, Twisted Sisters, Aerosmith e Guns ´n´ Roses, até as bandas que tocaram foram um verdadeiro tributo as raízes do gênero. Mas, não foi só isso. Em vez de headbangers suados, barbas e roupas rasgadas, as mulheres tomaram conta da noite. Abrindo alas para as californianas do The Donnas, Hellsakura e Condessa Safira fizeram as honras e representaram bem a cena feminina paulista.

Os primeiros a se apresentarem foram Júlia Jups (vocal), Breno Bolan (baixo), Bruna Mariani (guitarra) e Zé Menezes (bateria). Enquanto ajeitavam os últimos detalhes no palco, o Condessa Safira já aquecia a galera cantando alguns trechos de “Don´t wait up for me”. Entre os sons mais conhecidos da banda a afinadíssima Júlia cantou “O inferno de nós dois”, “Ao mesmo lugar”, “Nunca é tarde demais” e “Um pouco de alguém” que fez todo mundo pular. O ponto alto do show foi a versão bem mais pancada do clássico do hard rock “I remember you” do Skid Row.

A ansiedade de todos crescia, mas a primeira troca de palco foi rápida e o Hellsakura entrou menos de vinte minutos depois. Além da música lema da banda “You punk you rock” o baixista Napalm, o baterista Bart e a voz rasgada com riffs pesados de guitarra de Cherry tocaram sons como “Janela Suja”, “Mel para os ouvidos” e “Meu nick não para”. Cherry ainda agradeceu a presença de todos dizendo “ainda bem que vocês estão aqui e não zumbizando na net” e completa falando que isso é necessário para o fortalecimento da cena. Depois de fazer a alegria de todos os presentes tocando “Whole lotta Rosie” do AC/DC, ela troca sua guitarra para fazer uma homenagem ao irmão que morreu de overdose e finaliza o show tocando o instrumento dele.

Depois de quase meia-hora de espera e gracinhas do roadie enquanto organizava os equipamentos, finalmente a “american rock and roll machine” sobe ao palco. Começando pela baixista Maya Ford (Donna F), a guitarra Allisson Robertson (Donna R) e a baterista Torry Castellano (Donna C) surgem os primeiros acordes de “Bitchin”, música de introdução do álbum mais recente da banda que também é o nome da turnê. Quando finalmente a simpática vocalista Brett Anderson (Donna A) entra e apresenta a banda, elas partem para o segundo som da noite “Don´t wait up for me”. Daí para frente foi só festa, tocaram “Who invited you” do Spend the Night, “Wasted” e “What do I have to do” que a platéia toda cantou o refrão. Além de “Fall behind me”, “Smoke you out” e “I Didn't Like You Anyway” do Get Skintight. Com pausa para a piadinha da baixista Maya sobre Michael Jackson, a segunda metade do show foi embalada por sons como “Better off dancing” e a já clássica “Takes one to knowone”. Para os garotos presentes dedicaram “Like an animal” e “5´o clock in the morning” foi tocada com um solo de Allisson digno de seu título de melhor guitarrista dos últimos tempos. Especialmente para os fãs brasileiros tocaram “Cheeba” que de acordo com Brett é tocada somente nos shows brasileiros. E depois de pular “Strutter”, a lendária cover do Kiss, finalizam com “Take it off” cantada em uníssono e deixando um gostinho de quero mais.

Depois da noite extasiante, procurei o pessoal da Ataque Frontal para marcar uma entrevista com as garotas. E no dia 5, terça-feira encontrei a banda no estúdio Nimbus, onde Maya fazia uma tattoo e conversei brevemente com a vocalista Brett.

Quando perguntei o que tinha achado da turnê do ano passado e por que tinham voltado, Brett disse que elas adoraram o Brasil e ainda mais o fato de que aqui as pessoas realmente gostam de rock, independente se a banda está na rádio ou não. Perguntei ainda se elas tiveram tempo para conhecer as baladas de São Paulo e o que mais curtiram na cidade. Ela diz que não saíram muito do hotel por falta de tempo, mas que gostaram muito dos shows no Inferno Club e da tarde de autógrafos na loja Sick in Silly com os fãs, onde inclusive uma fã elogiou sua voz e ela respondeu “My voice is your voice, so we can rock both worlds”. Falando sobre as bandas de abertura (Hellsakura e Condessa Safira), ela diz que as bandas são muito legais e que tiveram a oportunidade de beber juntas e foi muito divertido. Questionei também a falta de “Strutter” que estava no setlist e ela diz que apesar do Kiss ser uma das grandes influências da banda elas queriam fazer algo especial, por isso tocaram “Cheeba”. Os planos para 2009? Brett diz que elas continuarão compondo e pretendem voltar ao Brasil e também lançar um DVD com os shows de da turnê de Bitchin (inclusive os nossos). Atenciosa, finaliza agradecendo aos fãs brasileiros com um "You rock”.
Matéria para:
Fotos:


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Cafeína Coquetel - Mais uma vez no Cervejazul


Os fãs pediram e não resistimos (risos). E lá vamos nós de novo para um dos bairros mais italianos da cidade. Cordas já arrebentaram, meus dedos já travaram...Se o que eu previa já aconteceu, o que vem agora é surpresa (e esperamos que boa). Compartilhe conosco alguns goles de cerveja e desfrute dos sons das bandas independentes em um clima descontraído e muito familiar. Leve amiga, amigo (bonito de preferência, hehe), parentes, namorado, amante, peguete ou o que for, só não deixe de ir ;) .

Onde?
No Cervejazul

Quando?
Dia 15-11

Quanto?
R$10

Por que?
Ainda precisa dizer?

Entrevista - Resenha e Fotos The Donnas em Sampa!



O post de novembro já começa no embalo das atrações do mês. Para começar, entrevista com Brett Anderson, a Donna A e cobertura completa do show para o Mundo Rock de Calcinha. Ainda tem o Planeta Terra, The Adicts, R.E.M e Judas Priest em passagem pela terra da garoa. Álbum novo do Smashing Pumpkins e o Rage Against The Machine entrando na estrada.

Vambora que novembro promeeete!

Material The Donnas já já em:
www.mundorockdecalcinha.com.br

domingo, 26 de outubro de 2008

Matéria Strike na Tribe House

Fui a Tribe House já imaginando que encontraria franjas escorridas de lado, olhos borrados e cara de choro por tudo quanto é lado. Em parte aconteceu, mas não tanto quanto eu imaginava. Os mineiros do Strike encerraram o festival que teve apresentação de várias bandas com muita animação. Sem set list pré definido, foram escolhendo as músicas aleatóriamente e demonstraram tanta intimidade com o público que parecia mais uma festa de colegial.

Além das várias faixas do primeiro e único álbum, Desvio de Conduta, o vocalista Marcelo Mancini, os guitarras André Maini e Rodrigo Maciel o baixista Fabio Perez e o batera Cadu Costa e Silva fizeram covers de "Mulher de fases" dos Raimundos, "All the small things" do Blink 182° e encerraram com "Twist and shout" dos Beatles. Entre uma afinação e outra, faziam algumas piadas, dancinhas e tocavam trechos de "Proibida para mim" do Charlie Brown Jr. Os fãs cantavam todas as letras e alguns até arriscavam subir no palco para dividir os microfones com Marcelo, já aproveitando a oportunidade para divulgar os trabalhos próprios. Dentre os sucessos estavam "Paraíso Proibido", "O Jogo Virou", "Sem moderação" e "Aquela história", todos tocados em um clima muito descontraído e divertido. Destaque ainda para o baterista Cadu, que além dos trejeitos do Travis Barker, segue o mesmo caminho no instrumento, tanto na técnica quanto na pegada ao vivo.

A banda recebeu o público de palco aberto e nunca vi fãs tão mimados. Era copo de água na boca das meninas, pedidos por mensagens de celular, faixas, cartazes...Falar que fã é a coisa mais importante eu já ouvi muito, mas vi poucos demonstrarem (e terem paciência). Agora entendo o prêmio de "Banda/Artista Revelação" no VMB.

Para adiantar a comemoração do aniversário do guitarrista Rodrigo, no dia 03 de novembro, os paulistas anteciparam o parabéns. Na platéia, os caras do Granada curtiam o som da banda e ainda foram citados pelo vocalista, que diz ser a banda que ouve e indica no momento.

No pós- show enfrentei a fila das tietes fiéis e a loucura que elas fazem por onde passam, para conversar com Marcelo. Perguntei a que se devia o tamanho carinho e proximidade dos fãs e ele me diz que a internet ajuda a aproximar, mas que o contato não deve se limitar ao virtual e isso acaba estimulando a fidelidade do público e ainda finaliza com "Nossos fãs são nosso patrimônio". Comentei sobre as bandas novas sonharem com o utópico "viver da música" e questionei-o a respeito dos sonhos atuais do Strike. Ele me afirmou que agora que conquistaram os holofotes, não basta lançar um ou dois álbuns, a prioridade é mantê-los. E os novos projetos? Um novo CD para o segundo semestre 2009, já que estão trocando de gravadora e de empresário para seguir a carreira com independência. O início de uma nova fase para a banda.

Para ouvir Strike:

http://www.myspace.com/bandastrike
http://www.bandastrike.com.br

Fotos:
By me =)

sábado, 25 de outubro de 2008

Paramore no Credicard Hall

Quando os portões foram abertos, fãs literalmente correram para conseguir lugar mais perto do palco. Momentos depois, já era impossível andar pela pista e os primeiros gritos de “Paramore, Paramore” já ecoavam pelo Credicard Hall.

Surpreendendo pelo estilo alternativo que não tinha muito a ver com atração da noite, os pernambucanos do The River Raid foram escolhidos pela própria banda para abrir os shows da turnê de Riot! no Rio de Janeiro e em São Paulo. Os fãs que mais esperavam do que ouviam, ficavam cada vez mais ansiosos. E o empurra-empurra da grade fez com que muitos passassem mal antes mesmo do início do show.

Depois te uma rápida troca de palco, o guitarrista Josh Farro já chega tocando os primeiros acordes de “Born for this”. Em seguida o guitarra apoio Taylor Hawk, o baterista Zac Farro e o baixista Jeremy Davis abrem espaço para a vocalista Hayley Williams, que entra correndo e pulando, despertando os gritos histéricos e os desmaios das fãs.

Com “That´s what you get”, eles mostraram que a banda soa tão bem ao vivo quanto no CD. Logo em seguida “Here we go again” e “Crush, crush, crush” fazem o público vibrar e Hayley de braços abertos pede que “Deus abençoe São Paulo”. Em “Let the flames begin” de joelhos a ruiva de 19 anos mostra o potencial da sua voz e a bela “When it rains” é tocada no teclado, emocionando a platéia. Do segundo álbum “All we know is falling” eles tocam “Emergency” e logo em seguida a música que faz parte da trilha sonora de Crepúsculo, adaptação da obra de Stephenie Meyer, a belíssima “Decode”.

Chegando perto do fim “Pressure” é outro ponto alto do show, fãs cantavam e gritavam “I Love you Hayley”. Em “For a pessimist, I´m pretty optimistic” ela retribui o amor aos fãs e encerra com “Misery Business” o hit da banda que ganhou a categoria de artista internacional no VMB.

Alguns reclamaram da ausência de sons como “Hallelujah” e "Fances” no show que foi realmente curto, 45 minutos. Em nota ao Live Journal da banda Hayley se desculpa e informa que estava um pouco doente, por isso o motivo da redução do set list. Mas, agradece os fãs e finaliza com “Obrigada de novo São Paulo, you rule”.

Para mais informações vídeos e fotos: Mundo Rock de Calcinha
Para ouvir River Raid:
Para infos sobre o Paramore:
http://www.paramore.com.br/ (Fã Clube Oficial)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Festa do Curta Metragem

Para quem perdeu a bagunça do Cervejazul ou não tiver nada para fazer em casa, domingo pode ser um bom dia para ouvir um som legal e colaborar com o cinema independente brasileiro. Vou tocar de novo e já com a sensação de que se não deu nada de muito errado no primeiro show, certamente dará no segundo...rsrs. Mas, vambora que vai ser divertido!!!

Como sempre, sua presença será imensamente bem-vinda!

Festa do curta-metragem
Bandas: Cafeína Coquetel e Razorblades
Horário: 18hs
Local: Espaço Zé Presidente - Rua Cardeal Arcoverde, 1545 - Pinheiros

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Entrevista e resenha: Autoramas

Imagine aquele sábado de sol com os amigos se encontrando. Todo mundo juntando grana para a cerveja e se organizando para um fim de semana descompromissado na praia. Esse é o clima perfeito para ouvir Autoramas. Tem sons para todos os momentos, desde a bebedeira até a fossa no fim da noite. E foi em meio a essa maresia da surf music, new wave com um “que” de punk rock que encontramos Gabriel Thomaz, Flavia Curi e Bacalhau no camarim do CB Bar instantes antes do show no último sábado dia 11. A banda que se preparava para subir ao palco decidia os últimos detalhes do set list. Aproveitando o momento fiz uma breve entrevista com eles (e ela) falando sobre as novidades, planos para o futuro e as bandas que estão ouvindo no momento.

Quais são os preparativos para a turnê pela Europa agora no fim do ano?
Gabriel: É a nossa terceira turnê na Europa. Cada vez que a gente vai tem mais shows, tem alguns lugares que tocaremos pela primeira vez como na França por exemplo.

Quais são as diferenças dos álbuns mais antigos para o “Teletransporte”?
Gabriel: Eu acho que o “Teletransporte” tem arranjos melhores, letras melhores, as vozes estão melhores. Acho que é tudo melhor. Hoje demos uma entrevista e o cara perguntou se não é um clichê as bandas dizerem que o último é o melhor. Mas, é engraçado pois é um sinal de que ficamos satisfeitos com o último trabalho mesmo. O último disco tem sons mais variados, cada um tem uma cara e achamos que isso traduz melhor o que é o Autoramas.

A cena independente está crescendo cada vez mais, o que estão ouvindo agora de bandas novas?
Bacalhau: Ah, tem o Montage.

Gabriel: Tem o Canastra, gosto muito do Lendário Chucrobillyman que é um cara só, um “one man band”, toca guitarra, bateria com o pé.

Bacalhau: E ele já fez várias turnês pela Europa, tem muitos fãs por lá, o pessoal gosta.

Gabriel: E é muito legal, é muito bom. O disco dele é excelente. Tem várias coisas boas, mas não tem muitas coisas boas e sempre foi assim, de cem, dez por cento são bem legais. Como eu acho que dez por cento do rock and roll é bem legal, tem muito lixo, um monte de enrolação, um monte de cópia.

Bacalhau: Tem os caras que tem a mania de seguir a cartilha, né? Eu não sei quem inventou a cartilha, mas tem gente que segue. E esse lance das bandas independentes, eu estou esperando a hora de se tornarem profissionais, fazerem shows o tempo inteiro e fazer seus clipes um atrás do outro. Acho que a vitória do independente vai ser quando acontecer isso. O que eu vejo é que aparece uma banda em tal lugar, todo mundo fala, demora um tempinho e depois a banda some.

Gustavo: A gente precisa de carreiras mais duradouras e aí o lance pode ser legal. São poucas as bandas em que se vê isso, o Autoramas é uma dessas e é até difícil de lembrar quais são as outras. Tem bandas que tem uma média de 20, 25 anos como o Cólera e o Ratos (de Porão) que estão aí desde que o movimento punk começou.

O Bacalhau falou sobre as cartilhas. O Autoramas segue alguma?
Bacalhau: Não. Criamos nossa própria cartilha.

Gabriel: Um dos motivos de sermos chamados para tocar lá fora é exatamente por fazer um som original. Cópia, eles também tem. Cópia do Pixies, lá tem trinta, cópia de banda "MOD" tem um milhão. Nós somos chamados para fazer show justamente por causa disso, cada vez que tocamos o nome do Autoramas vai crescendo. E lá batemos uns papos com os caras e isso rende um bom conhecimento sobre o rock.

E as novidades? Vocês estão trabalhando em algum álbum novo?
Gabriel: Estamos sempre trabalhando em algo, mas esse vai ser um projeto especial. Estamos amarrando as coisas para ver como é que vai funcionar, ensaiando bastante. Achamos que o disco “Teletransporte” já fez o seu papel, fizemos muitos shows e a turnê internacional é meio que um fechamento, queremos fazer um disco com ela (Flávia) e já é o momento. Caminhamos para isso. É um projeto especial, algo diferente. Mas vamos ver, de repente podemos mudar de idéia na última hora. Está bem legal, eu estou tocando uns instrumentos diferentes, a Flavia e o Bacalhau também.

Em volta um público bem diversificado, típico de banda que atira sem alvo. Tinha sósia do Robert Smith, gente mais velha, mais nova, mais hype, mais "não-sei-o-que-estou-fazendo-aqui” e mais fã. Uns vinte minutos antes da banda entrar, o DJ já começava a tocar uns sons mais conhecidos para ir aquecendo a galera. Os cariocas abriram o show sem atraso com a música “Motocross” que teve direito a coreografia de Gustavo e Flavia. Daí para frente foram 24 sons só interrompidos para recuperar o fôlego com um gole ou outro de cerveja.

O som do power trio é cheio como de uma banda de cinco ou seis integrantes. Em nenhum momento do show dá para perceber espaços vazios entre as músicas e o entrosamento, mesmo o de Flavia que é mais nova na banda e que fez sua estréia no próprio CB, é como de quem já toca junto no mínimo a 20 anos.

Além dos sons mais conhecidos e das faixas mais recentes do álbum “Teletransporte”, ainda tocaram “Minha fama de mau” do cantor Eramos Carlos, que assim como a Jovem Guarda é uma influência perceptível em algumas de suas músicas.

Não tinha assistido ainda ao show com a nova baixista Flavia, que além de ter uma presença de palco charmosíssima a la Melissa Auf Der Maur é uma das melhores que vi nos últimos tempos, melhor inclusive que vários caras. Abusa de algumas distorções do pedal (que se não me engano) é um Danelectro e explora o instrumento de várias maneiras tocando com palheta e sem palheta, além de manter o viés feminino que quebra a agressividade de alguns sons da banda.

Para finalizar o show caprichado, os cariocas fazem uma pausa para o descanso e voltam para mais duas músicas. Como o próprio Gabriel disse: “O Autoramas em sua melhor forma e fazendo seu RRRRock!”


Site oficial: autoramas.uol.com.br
MySpace: www.myspace.com/autoramas
Trama Virtual: http://tramavirtual.uol.com.br/autoramas
Fotos by: Tariana Mara 
Para ver mais...www.zonapunk.com.br