domingo, 26 de outubro de 2008

Matéria Strike na Tribe House

Fui a Tribe House já imaginando que encontraria franjas escorridas de lado, olhos borrados e cara de choro por tudo quanto é lado. Em parte aconteceu, mas não tanto quanto eu imaginava. Os mineiros do Strike encerraram o festival que teve apresentação de várias bandas com muita animação. Sem set list pré definido, foram escolhendo as músicas aleatóriamente e demonstraram tanta intimidade com o público que parecia mais uma festa de colegial.

Além das várias faixas do primeiro e único álbum, Desvio de Conduta, o vocalista Marcelo Mancini, os guitarras André Maini e Rodrigo Maciel o baixista Fabio Perez e o batera Cadu Costa e Silva fizeram covers de "Mulher de fases" dos Raimundos, "All the small things" do Blink 182° e encerraram com "Twist and shout" dos Beatles. Entre uma afinação e outra, faziam algumas piadas, dancinhas e tocavam trechos de "Proibida para mim" do Charlie Brown Jr. Os fãs cantavam todas as letras e alguns até arriscavam subir no palco para dividir os microfones com Marcelo, já aproveitando a oportunidade para divulgar os trabalhos próprios. Dentre os sucessos estavam "Paraíso Proibido", "O Jogo Virou", "Sem moderação" e "Aquela história", todos tocados em um clima muito descontraído e divertido. Destaque ainda para o baterista Cadu, que além dos trejeitos do Travis Barker, segue o mesmo caminho no instrumento, tanto na técnica quanto na pegada ao vivo.

A banda recebeu o público de palco aberto e nunca vi fãs tão mimados. Era copo de água na boca das meninas, pedidos por mensagens de celular, faixas, cartazes...Falar que fã é a coisa mais importante eu já ouvi muito, mas vi poucos demonstrarem (e terem paciência). Agora entendo o prêmio de "Banda/Artista Revelação" no VMB.

Para adiantar a comemoração do aniversário do guitarrista Rodrigo, no dia 03 de novembro, os paulistas anteciparam o parabéns. Na platéia, os caras do Granada curtiam o som da banda e ainda foram citados pelo vocalista, que diz ser a banda que ouve e indica no momento.

No pós- show enfrentei a fila das tietes fiéis e a loucura que elas fazem por onde passam, para conversar com Marcelo. Perguntei a que se devia o tamanho carinho e proximidade dos fãs e ele me diz que a internet ajuda a aproximar, mas que o contato não deve se limitar ao virtual e isso acaba estimulando a fidelidade do público e ainda finaliza com "Nossos fãs são nosso patrimônio". Comentei sobre as bandas novas sonharem com o utópico "viver da música" e questionei-o a respeito dos sonhos atuais do Strike. Ele me afirmou que agora que conquistaram os holofotes, não basta lançar um ou dois álbuns, a prioridade é mantê-los. E os novos projetos? Um novo CD para o segundo semestre 2009, já que estão trocando de gravadora e de empresário para seguir a carreira com independência. O início de uma nova fase para a banda.

Para ouvir Strike:

http://www.myspace.com/bandastrike
http://www.bandastrike.com.br

Fotos:
By me =)

sábado, 25 de outubro de 2008

Paramore no Credicard Hall

Quando os portões foram abertos, fãs literalmente correram para conseguir lugar mais perto do palco. Momentos depois, já era impossível andar pela pista e os primeiros gritos de “Paramore, Paramore” já ecoavam pelo Credicard Hall.

Surpreendendo pelo estilo alternativo que não tinha muito a ver com atração da noite, os pernambucanos do The River Raid foram escolhidos pela própria banda para abrir os shows da turnê de Riot! no Rio de Janeiro e em São Paulo. Os fãs que mais esperavam do que ouviam, ficavam cada vez mais ansiosos. E o empurra-empurra da grade fez com que muitos passassem mal antes mesmo do início do show.

Depois te uma rápida troca de palco, o guitarrista Josh Farro já chega tocando os primeiros acordes de “Born for this”. Em seguida o guitarra apoio Taylor Hawk, o baterista Zac Farro e o baixista Jeremy Davis abrem espaço para a vocalista Hayley Williams, que entra correndo e pulando, despertando os gritos histéricos e os desmaios das fãs.

Com “That´s what you get”, eles mostraram que a banda soa tão bem ao vivo quanto no CD. Logo em seguida “Here we go again” e “Crush, crush, crush” fazem o público vibrar e Hayley de braços abertos pede que “Deus abençoe São Paulo”. Em “Let the flames begin” de joelhos a ruiva de 19 anos mostra o potencial da sua voz e a bela “When it rains” é tocada no teclado, emocionando a platéia. Do segundo álbum “All we know is falling” eles tocam “Emergency” e logo em seguida a música que faz parte da trilha sonora de Crepúsculo, adaptação da obra de Stephenie Meyer, a belíssima “Decode”.

Chegando perto do fim “Pressure” é outro ponto alto do show, fãs cantavam e gritavam “I Love you Hayley”. Em “For a pessimist, I´m pretty optimistic” ela retribui o amor aos fãs e encerra com “Misery Business” o hit da banda que ganhou a categoria de artista internacional no VMB.

Alguns reclamaram da ausência de sons como “Hallelujah” e "Fances” no show que foi realmente curto, 45 minutos. Em nota ao Live Journal da banda Hayley se desculpa e informa que estava um pouco doente, por isso o motivo da redução do set list. Mas, agradece os fãs e finaliza com “Obrigada de novo São Paulo, you rule”.

Para mais informações vídeos e fotos: Mundo Rock de Calcinha
Para ouvir River Raid:
Para infos sobre o Paramore:
http://www.paramore.com.br/ (Fã Clube Oficial)

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Festa do Curta Metragem

Para quem perdeu a bagunça do Cervejazul ou não tiver nada para fazer em casa, domingo pode ser um bom dia para ouvir um som legal e colaborar com o cinema independente brasileiro. Vou tocar de novo e já com a sensação de que se não deu nada de muito errado no primeiro show, certamente dará no segundo...rsrs. Mas, vambora que vai ser divertido!!!

Como sempre, sua presença será imensamente bem-vinda!

Festa do curta-metragem
Bandas: Cafeína Coquetel e Razorblades
Horário: 18hs
Local: Espaço Zé Presidente - Rua Cardeal Arcoverde, 1545 - Pinheiros

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Entrevista e resenha: Autoramas

Imagine aquele sábado de sol com os amigos se encontrando. Todo mundo juntando grana para a cerveja e se organizando para um fim de semana descompromissado na praia. Esse é o clima perfeito para ouvir Autoramas. Tem sons para todos os momentos, desde a bebedeira até a fossa no fim da noite. E foi em meio a essa maresia da surf music, new wave com um “que” de punk rock que encontramos Gabriel Thomaz, Flavia Curi e Bacalhau no camarim do CB Bar instantes antes do show no último sábado dia 11. A banda que se preparava para subir ao palco decidia os últimos detalhes do set list. Aproveitando o momento fiz uma breve entrevista com eles (e ela) falando sobre as novidades, planos para o futuro e as bandas que estão ouvindo no momento.

Quais são os preparativos para a turnê pela Europa agora no fim do ano?
Gabriel: É a nossa terceira turnê na Europa. Cada vez que a gente vai tem mais shows, tem alguns lugares que tocaremos pela primeira vez como na França por exemplo.

Quais são as diferenças dos álbuns mais antigos para o “Teletransporte”?
Gabriel: Eu acho que o “Teletransporte” tem arranjos melhores, letras melhores, as vozes estão melhores. Acho que é tudo melhor. Hoje demos uma entrevista e o cara perguntou se não é um clichê as bandas dizerem que o último é o melhor. Mas, é engraçado pois é um sinal de que ficamos satisfeitos com o último trabalho mesmo. O último disco tem sons mais variados, cada um tem uma cara e achamos que isso traduz melhor o que é o Autoramas.

A cena independente está crescendo cada vez mais, o que estão ouvindo agora de bandas novas?
Bacalhau: Ah, tem o Montage.

Gabriel: Tem o Canastra, gosto muito do Lendário Chucrobillyman que é um cara só, um “one man band”, toca guitarra, bateria com o pé.

Bacalhau: E ele já fez várias turnês pela Europa, tem muitos fãs por lá, o pessoal gosta.

Gabriel: E é muito legal, é muito bom. O disco dele é excelente. Tem várias coisas boas, mas não tem muitas coisas boas e sempre foi assim, de cem, dez por cento são bem legais. Como eu acho que dez por cento do rock and roll é bem legal, tem muito lixo, um monte de enrolação, um monte de cópia.

Bacalhau: Tem os caras que tem a mania de seguir a cartilha, né? Eu não sei quem inventou a cartilha, mas tem gente que segue. E esse lance das bandas independentes, eu estou esperando a hora de se tornarem profissionais, fazerem shows o tempo inteiro e fazer seus clipes um atrás do outro. Acho que a vitória do independente vai ser quando acontecer isso. O que eu vejo é que aparece uma banda em tal lugar, todo mundo fala, demora um tempinho e depois a banda some.

Gustavo: A gente precisa de carreiras mais duradouras e aí o lance pode ser legal. São poucas as bandas em que se vê isso, o Autoramas é uma dessas e é até difícil de lembrar quais são as outras. Tem bandas que tem uma média de 20, 25 anos como o Cólera e o Ratos (de Porão) que estão aí desde que o movimento punk começou.

O Bacalhau falou sobre as cartilhas. O Autoramas segue alguma?
Bacalhau: Não. Criamos nossa própria cartilha.

Gabriel: Um dos motivos de sermos chamados para tocar lá fora é exatamente por fazer um som original. Cópia, eles também tem. Cópia do Pixies, lá tem trinta, cópia de banda "MOD" tem um milhão. Nós somos chamados para fazer show justamente por causa disso, cada vez que tocamos o nome do Autoramas vai crescendo. E lá batemos uns papos com os caras e isso rende um bom conhecimento sobre o rock.

E as novidades? Vocês estão trabalhando em algum álbum novo?
Gabriel: Estamos sempre trabalhando em algo, mas esse vai ser um projeto especial. Estamos amarrando as coisas para ver como é que vai funcionar, ensaiando bastante. Achamos que o disco “Teletransporte” já fez o seu papel, fizemos muitos shows e a turnê internacional é meio que um fechamento, queremos fazer um disco com ela (Flávia) e já é o momento. Caminhamos para isso. É um projeto especial, algo diferente. Mas vamos ver, de repente podemos mudar de idéia na última hora. Está bem legal, eu estou tocando uns instrumentos diferentes, a Flavia e o Bacalhau também.

Em volta um público bem diversificado, típico de banda que atira sem alvo. Tinha sósia do Robert Smith, gente mais velha, mais nova, mais hype, mais "não-sei-o-que-estou-fazendo-aqui” e mais fã. Uns vinte minutos antes da banda entrar, o DJ já começava a tocar uns sons mais conhecidos para ir aquecendo a galera. Os cariocas abriram o show sem atraso com a música “Motocross” que teve direito a coreografia de Gustavo e Flavia. Daí para frente foram 24 sons só interrompidos para recuperar o fôlego com um gole ou outro de cerveja.

O som do power trio é cheio como de uma banda de cinco ou seis integrantes. Em nenhum momento do show dá para perceber espaços vazios entre as músicas e o entrosamento, mesmo o de Flavia que é mais nova na banda e que fez sua estréia no próprio CB, é como de quem já toca junto no mínimo a 20 anos.

Além dos sons mais conhecidos e das faixas mais recentes do álbum “Teletransporte”, ainda tocaram “Minha fama de mau” do cantor Eramos Carlos, que assim como a Jovem Guarda é uma influência perceptível em algumas de suas músicas.

Não tinha assistido ainda ao show com a nova baixista Flavia, que além de ter uma presença de palco charmosíssima a la Melissa Auf Der Maur é uma das melhores que vi nos últimos tempos, melhor inclusive que vários caras. Abusa de algumas distorções do pedal (que se não me engano) é um Danelectro e explora o instrumento de várias maneiras tocando com palheta e sem palheta, além de manter o viés feminino que quebra a agressividade de alguns sons da banda.

Para finalizar o show caprichado, os cariocas fazem uma pausa para o descanso e voltam para mais duas músicas. Como o próprio Gabriel disse: “O Autoramas em sua melhor forma e fazendo seu RRRRock!”


Site oficial: autoramas.uol.com.br
MySpace: www.myspace.com/autoramas
Trama Virtual: http://tramavirtual.uol.com.br/autoramas
Fotos by: Tariana Mara 
Para ver mais...www.zonapunk.com.br

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Sobre o VMB!

Tinha decidido que não ia postar sobre o VMB, mas recebi tanto apoio que achei um pouco de ingratidão não escrever nada...Não vou fazer ainda mais propaganda da Music Television, aqui contarei um pouco sobre a minha experiência e aprendizado como repórter de música.
Desde o momento em que cheguei na porta da MTV com a minha mãe potencializando minha ansiedade pelo telefone, até o momento que a van me deixou em casa, foram só aprendizados. Sabe aquelas coisas que você acha que conhece só por ouvir alguém falar ou por ter lido sobre o assunto? Então, na prática é ouuuutra coisa. Na hora do "vamo ver" ou você corre para garantir sua matéria, ou fica para atrás, perdido e sem pauta.
A minha única frustração com a premiação aconteceu na Sala de Imprensa, onde fiquei boa parte do tempo. Foi tanto jornalismo purpurina, lantejoula e serpentina que feriu meu ego de profissional, o que gosto na música é justamente o contrário do que encontrei lá. Não me importo se a Mallu Magalhães comprou o vestido no Herchcovith ou em um "brechó em New York", o que analiso é sua qualidade como cantora e música. Para falar o português bem claro e brasileiro, quero é mais que as "pseudo celebridades" se fodam, eles não me acrescentam nada. Mas, enfim.
Uma das coisas legais foi poder conversar e conhecer pessoas do ramo, algumas bandas que já conhecia e acabei encontrando lá e outras que conheci lá mesmo, além dos inúmeros contatos que fiz e a oportunidade de estar ali no "cara-a-cara".
Absorvi tudo que tinha pelo caminho e aprendi até mesmo com meus jovens parceiros repórteres. Com o Gustavo aprendi que ousadia é pouco para um jornalista, com a Talitha que as melhores pautas nem sempre são as óbvias e com o Carlos a me entusiasmar mesmo estando em um lugar que todos fingem não se importar estar ali.
Além disso, recebi um apoio inenarrável dos amigos próximos e distantes, familiares, colegas de faculdade, de rolê, de bar, de MSN e dos meus irmãzinhos que me fizeram sentir a melhor irmã do mundo com todas as suas perguntas e curiosidades.
Mas, como esse post é de agradecimento e eu não vou conseguir resumir metade do que passei lá, vamos a eles! Nossa, tanta gente...Vou começar pelo Eduardo do marketing da MTV que além de me escolher, aguentou meus gritos histéricos e as suspeitas de que era um trote no celular. A Carol, também do marketing, que foi suuuper antenciosa e o pessoal da própria emissora pela iniciativa. As hiper-spice-girls da São Judas que além de livrar a minha nos trabalhos, receberam a notícia com tanto entusiasmo quanto eu. A minha prima Litha que ficou meia hora comemorando comigo por telefone. Ao Jhon por ser o Jhon e me amar que eu seeei e a Agatha também para não ficar com ciúmes. Ao Martin Luz e a primeira-dama Paula por serem maravilhosos comigo sempre que têm oportunidade. A minha família linda e irmãzitchos e todo mundo que ligou, mandou mensagem, scrap, e-mail e tudo mais...
Obrigada mesmo!! Do que adianta ter coisas boas na vida, se não tivermos com quem comemorar, neh?
Muitiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiissísssísssíssímo obrigada! =)
E vaaaamo embora que a estrada continua...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Novo CD do The Killers


Produzido por Stuart Price, reconhecido pelos trabalhos na cena eletrônica e por já ter compilado algumas músicas do "Sawdust", "Day and Age" é o quarto álbum da banda britânica formada por Brandon Flowers (vocal e teclado), David Keuningo (guitarra), Mark Stoermer (baixista) e Ronnie Vannucci (bateria).

Há um ano eles revezam as horas em estúdio com as turnês, isso justifica a demora do disco tão esperado pelos fãs. Levando em consideração os feitos da banda com "Hot Fuss" que permaneceu entre os "50 mais" do Top 200 da Billboard e as participações especiais de "Sawdust" como Lou Reed (uma prova de que música também é reciclagem de épocas) e a cover de "Shadowplay" do Joy Division, que faz parte da trilha sonora de "Control" (filme biografia de Ian Curtis), o álbum já promete muitas surpresas.

Com lançamento previsto para novembro nos Estados Unidos, a primeira faixa do CD está disponível no site e myspace da banda, repetindo a fórmula dos primeiros singles que abusam dos teclados e de alguns "elementos" da música eletrônica. Tem aquele jeito de música que você vai ouvir pelo menos por mais uns dois ou três anos nas baladas do gênero, como as conhecidíssimas "Somebody Told Me" e "Mr. Brightside".

Track list:

Losing Touch
Human
Spaceman
Joy Ride
A Dustland Fairytale
This is your life
I Can’t Stay
Neon Tiger
The World We Live In
Goodnight, Travel Well

Para conhecer "Human"

http://www.myspace.com/thekillers
http://www.thekillersmusic.com/

Cultura Independente no CCJ

No mês de outubro o Centro Cultural da Juventude sedia uma série de palestras, debates, mostras, oficinas e eventos que incentivam e divulgam a cultura independente. Muita coisa interessante já se foi, mas ainda dá tempo de visitar DE GRAÇA! Lá você descobre desde o que é mídia alternativa, até como preparar um exótico prato vegan, tudo com ótimos profissionais da área.
Além disso, ainda pode aprender a escrever fanzines, conhecer seus direitos autorais, divulgar trabalhos (sejam eles pinturas, músicas, dança ou teatro), customizar roupas e ainda assistir aos melhores shows, filmes e documentários sobre o assunto...Enfim! Tudo que de alguma forma vai enriquecer seu repertório.
Por aqui deixo algumas singelas sugestões, só para instigar a curiosidade...

Internet: Conhecendo ferramentas da rede
Coordenadora: Ana Amélia Coelho. Produção de textos e ilustrações, noções de diagramação e plano de distribuição de fanzines.
Nos dias abaixo, em dois horários: 11h30 e 17h30.
Videoblogs e Youtube. Dia 13.
Last.fm. Dia 14.

Pinhole
Coordenadores.: Dolores Biruel e Edson. Técnicas artesanais de fotografia.
Dias 2, 3, 9 e 10, 14h.

Atitude política ou cultural? O que é ser punk afinal?
Dia 16, 16h.

Divulgação e distribuição
Com Silvio Pellacani Jr. Tratore. Distribuidora especializada em tornar viável e comercializar a produção de selos independentes. Dia 9, 16h. Grátis.

How to play Ska
Coordenador: Victor Rice (ex-baixista do The Slackers). História da trajetória do genêro e suas formas de produção. Vagas limitadas.
Dia 19, 13h.

Semanas temáticas: Literatura Independente
De 11 a 17, diversos horários.

Indepêndencia, marginalidade ou resistência? Estratégias de publicação e circulação
Dia 11, 16h.

Comunicação, informação e literatura no mundo dos blogs
Dia 15, 17h.

Shows
Polara, O Inimigo e Questions. Dia 9, 18h30.
Ludovic. Dia 10, 18h30.
Devotos de Nossa Senhora Aparecida. Dia 12, 14h.
Faichecleres (RS). Dia 15, 21 (a confirmar).
Cólera, Colisão Social e FHC. Dia 16, 18h30.
Ordinária Hit. Dia 17, 17 h.
Banda Debate e projeções oficina de VJ. Dia 17, 18h.
Hurtmold e VJ´s. Dia 17, 19h30.
JazzBo, Firebug, Victor Rice, Sapo Banjo e King Rassan Oschestra. Dia 19, a partir das 14h.

Infos:
O que ainda está rolando por lá e muito mais no site do CCJ.

Endereço: Deputado Emílio Carlos, 3.641. Vila Nova Cachoeirinha (próximo ao terminal de ônibus Cachoeirinha)

Para se increver em algum curso, no próprio local ou pelo e-mail: ccjuventude@prefeitura.sp.gov.br.

domingo, 28 de setembro de 2008

sábado, 27 de setembro de 2008

Show do Vanguart no Sesc Pompéia


Em um lugar distante, longe das franjas alisadas e das maquiagens pesadas, existe uma banda sem máscaras e que lembra muito o espírito “make your self” da década de 60.

Embalado por um clima romântico e juvenil, o show do Vanguart na última quinta-feira, no Sesc Pompéia, contou com as participações mais do que especiais de Mallu Magalhães e Lobão. A cantora Cida Moreira infelizmente não pôde comparecer por conta de um acidente, mas foi homenageada pela banda de forma carinhosa em várias partes da apresentação.

De Cuiabá para São Paulo, o vocalista Helio Flanders trouxe baladas blueseiras e sem pieguices, batidas folk e poesia, mas os sons mantém a agressividade do rock and roll de uma forma muito espontânea. No show aberto com a música “Para abrir os olhos”, quem subiu primeiro foi a cantora Mallu Magalhães, que entre outras músicas fez um dueto tímido, mas muito bonito na música “ The last time i saw you”. Antes de se retirar Mallu recebeu uma flor do vocalista, provocando suspiros na platéia.

Os fãs cantaram as letras da banda em português, inglês e espanhol. Quando Lobão pisou no palco com cara de pai orgulhoso, os olhares curiosos aguardavam o próximo som enquanto Helio falava da importância da influência do cantor em sua carreira.

Para finalizar, ainda tocaram “Beloved” cantada pelo baixista Reginaldo Lincoln, “Los Chicos de Ayer” em homenagem a cidade natal da banda e depois do clichê (vai embora, mas volta) encerraram a apresentação com a esperada “Semáforo”.

Espero sinceramente que desse lugar de onde vieram, ainda venham muito mais e tão bons quanto eles. Se desfazer dos enlatados, às vezes pode ser muito prazeroso.


sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Cafeina Coquetel no Cervejazul


Show de banda iniciante é uma merda. Instrumento desafinado, corda estourando, problemas com a equalização do som...Parece que tudo dá errado. Mas, mesmo assim, venho por meio desse humilde post convidar amigos, inimigos, parentes e desavisados para tomar umas brejas e ver a estréia nada glamourosa da minha banda dia 3/10, no bar Cervejazul na Mooca. Afinal, para quem não tem amigos na indústria fonográfica ou na imprensa especializada o começo é mais trash mesmo...Mas, também é mais verdadeiro. Ah, e também não somos tããããããão ruins quanto o que você ouve por osmose cotidianamente, tipo “Eguinha pocotó” ou a maldita "Dança do quadrado". (risos)

Para ver o endereço, saber mais informações ou xingar o coitado do Cacá por ter deixado a gente tocar entra no site do Cerveja.

A entrada é R$5.00 comigo, na porta é R$10.00.

O myspace da banda é www.myspace.com/cafeinacoquetel, já estamos organizando material decente, é mais para ter idéia...


terça-feira, 23 de setembro de 2008

I'm not there - Filme biografia do Bob Dylan

“Quantas estradas precisará um homem andar
Antes que possam chamá-lo de um homem?

Quantos mares precisará uma pomba branca sobrevoar,
Antes que ela possa dormir na praia?

Quantas vezes precisará balas de canhão voar,
Até serem para sempre abandonadas?

Quantas vezes precisará um homem olhar para cima,
Até poder ver o céu?

Quantos ouvidos precisará um homem ter,
Até que possa ouvir o povo chorar?

Quantas mortes custará até que ele saiba,
Que gente demais já morreu?

Quantos anos pode existir uma montanha,
Antes que ela seja lavada pelo mar?

Sim e quantos anos podem algumas pessoas existir,
Até que sejam permitidas a serem livres?

Quantas vezes pode um homem virar sua cabeça
E fingir que simplesmente não vê?

A resposta meu amigo está soprando no vento,
A resposta está soprando no vento..”

(Blowin' in the wind )

Mais importante que um homem a frente de seu tempo é um homem que vive seu tempo. E mais que isso, Bob Dylan foi poeta, profeta, marginal, fora-da-lei, pai de família, astro, mártir do rock and roll, cristão renascido e um ícone de sua geração. Em “I’m not there” (Não estou lá - 2007) o diretor Todd Haynes, precisou de nada mais que seis atores para contar a história única do cantor. Com depoimentos de pessoas que viveram a época e participaram de suas transições o filme narra a vida dele com a credibilidade de um documentário e situa o espectador no momento histórico em que se passa, com algumas cenas da guerra do Vietnã e da segregação racial como pano de fundo.

Os atores personificam cada uma de suas fases e transparecem principalmente suas crises e virtudes. Ainda mostram o auge da contracultura na década de 60, a paixão pelo blues e como suas criações se viraram contra ele quando os rótulos da mídia criaram um padrão que ele recusou, por dizer fazer música como um ato pessoal para despertar reação nos outros, um “atear fogo em si mesmo” para dissociar seu público das maldades do mundo. Assim ele rejeitou o rock and roll, o folk e sua própria ideologia, sem medo de mudar.

No elenco participam Christian Bale, Richard Gere, Marcus Carl Franklin, Heath Ledger, Ben Whishaw e Cate Blanchett que foi indicada ao Oscar e ganhou o Globo de ouro como atriz coadjuvante. Além de ter concorrido a diversas categorias dos melhores festivais de cinema foi classificado como um filme tão vibrante quanto à era na qual foi inspirado. Um dos melhores que assisti nos últimos tempos, não tem aquela ordem cronológica e piegas da narrativa hollywoodiana. Lindo, intenso, lisérgico e cheio de crises e poesia, como toda vida bem vivida deve ser...

Infos:

I'm Not There ( Não estou lá)
Duração: 135 minutos
Lançamento (EUA / Alemanha): 2007
Estúdio: Killer Films / Wells Productions / John Wells
Distribuição: The Weinstein Company / Europa Filmes
Direção: Todd Haynes
Roteiro: Oren Moverman e Todd Haynes
Produção: John Goldwyn, Jeff Rosen, John Sloss, James D. Stern e Christine Vachon
Fotografia: Edward Lachman
Desenho de Produção: Judy Becker
Figurino: John A. Dunn
Edição: Jay Rabinowitz
Efeitos Especiais: Intrigue

Site Oficial: www.imnotthere.es

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Entrevista com Ecos Falsos



“Em vez de estar escrevendo isso, eu preferia estar produzindo um disco dos Ecos Falsos. Por quê? Porque quando eu fui ouví-los todo orgulhoso com a farinha da minha experiência, eles vieram com um bolo inesperado, e eu comi até mais do que queria. Esses profanos, esses agnósticos, esses heréticos são bons pra diabo!” Tom Zé

Assistindo ao show do Ecos Falsos na sexta no Outs, fui obrigada a concordar com o mestre tupiniquim. Em meio a um clima descontraído, quase familiar, a banda abriu a apresentação com “Bolero Matador”. O troca-troca de instrumentos e o revezamento de vocais durante o show mostrou que os caras não se preocupam com a disposição padrão no palco e as diferenças gritantes entre as músicas refletem as variadas influências da banda. O público animado dançou ao som de “A revolta da musa”, “A última palavra em fashion”, a introspectiva “Reveillon”, que já concorreu ao VMB, e “Sobre ser sentimental” que lembra os melhores sons do “Lullabies to paradise” do Queens of Stone Age.

A banda formada em 2002 por Gustavo Martins, Daniel Akashi e Felipe Daros (vocais, baixo e guitarra) e Davi Rodriguez (bateria), tem entre suas influências Frank Zappa, e Ultraje a Rigor, o que não poderia dar resultado melhor. O jeito debochado dos caras e sua crítica ao hype lhe renderam algumas dificuldades no início da carreira, mas foi justamente a crença no que fazem que o destacaram das bandas atuais.

Aproveitamos e batemos um papo com Daniel, Davi e Gustavo. Felipe tinha cortado o pé e apareceu na hora do show, por isso tocou sentado. Eles falaram um pouco sobre a cena indie, as participações de “Descartável vida longa” e prometeram material exclusivo para os fãs.

Para ver a entrevista na íntegra passa lá no Zona Punk.